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Medo global de inflação atropela rali e índice recua após pico em 4 semanas

Publicado 18.02.2021, 18:42
© Reuters. Sede B3
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Por Aluisio Alves

SÃO PAULO (Reuters) - O crescente receio de que a escalada das commodities contaminará índices de preços pelo mundo esfriou o apetite de investidores por ativos de risco, arrastando o principal índice da Bovespa para baixo.

Após ter esboçado novas máximas em um mês, de carona em ações de empresas de matérias-primas, o Ibovespa foi perdendo fôlego na sessão até fechar em baixa de 0,96%, aos 119.198,97 pontos. O giro financeiro da sessão somou 37,4 bilhões de reais.

Para profissionais do mercado, o rali das bolsas nos últimos meses está sendo desafiado por um equilíbrio cada vez mais precário, uma vez que a alta persistente de preços de produtos como petróleo e metais forçosamente levará autoridades monetárias no Brasil e no exterior a subir juros antes do previsto.

Isso, num momento em que os indicadores dão sinais erráticos sobre o nível de recuperação econômica em relação à crise provocada pela pandemia, levou investidores a posições mais conservadoras.

Nos Estados Unidos, a divulgação de um aumento surpreendente dos pedidos de seguro-desemprego, enquanto o Congresso do país ainda discute a aprovação de um novo pacote de estímulo de 1,9 trilhão de dólares, foi a senha para ordens de vendas de ações, enquanto o cenário não fica mais claro. Em Wall Street, o S&P 500 caiu 0,44%.

Por aqui, o anúncio de que a Petrobras (SA:PETR4) vai reajustar preços do diesel e da gasolina a partir de sexta-feira deu força aos argumentos de que a Selic, hoje em 2% ao ano, terá que subir logo, mesmo com a atividade econômica ainda patinando.

LEIA MAIS: Segundo reajuste de preços da Petrobras em fevereiro deve bater no IPCA de março

A economista-chefe do Credit Suisse Brasil (SIX:CSGN) (SA:C1SU34), Solange Srour, defendeu que o Banco Central comece a subir juro já em março.

ENTENDA: BC ainda está "leve" na avaliação sobre inflação e Selic deveria subir em março, diz Credit Suisse

Com isso, mesmo ações de empresas de commodities, que turbinaram o índice na véspera e no começo dos negócios desta sessão, foram perdendo força.

"Há uma percepção crescente de que há muitas pontas soltas em relação ao cenário", resumiu o analista técnico da Ativa Investimentos, Marcio Loréga.

DESTAQUES

- PETROBRAS caiu 1,08%, ilustrando a virada na sessão. Após ter chegado a subir 4,5%, na esteira do anúncio da empresa de alta de preços, o papel teve os negócios contaminados pela piora da percepção geral do mercado.

- VALE (SA:VALE3) subiu 1,09%, uma das poucas do Ibovespa que resistiram no azul até o fim da sessão. CSN MINERAÇÃO (SA:CMIN3) estreou no pregão com avanço de 5,88%, apoiando sua dona CSN (SA:CSNA3), com ganho de 1,12%.

- ITAÚ UNIBANCO (SA:ITUB4) perdeu 0,71%, sublinhando como a deterioração das expectativas para o cenário macroeconômico atingiu o setor bancário. BRADESCO (SA:BBDC4) recuou 1%.

- NOTREDAME INTERMÉDICA (SA:GNDI3) perdeu 3,34% e HAPVIDA (SA:HAPV3) teve queda de 1,63%, com as empresas que negociam uma fusão caindo após o grupo hospitalar Mater Dei ter pedido registro para uma oferta inicial de ações (IPO).

- KLABIN (SA:KLBN11) subiu 1,47% após a notícia de que o BNDES vendeu cerca de um quarto da sua posição na empresa, o que ajuda a ampliar a liquidez do papel.

- CARREFOUR BRASIL (SA:CRFB3) subiu 2,33%, após a varejista ter divulgado resultado trimestral robusto e previsto desempenho também animador para 2021.

LEIA MAIS: Fortes resultados do Carrefour no 4º tri animam o mercado; confira análises

© Reuters. Sede B3

(Edição Alberto Alerigi Jr.)

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