Investing.com – O mercado futuro de Wall Street apontava para uma abertura estável nesta terça-feira, já que investidores pareciam preparados para respirar após o Dow marcar o nono fechamento consecutivo em alta enquanto dados de balanças comerciais de outros países baixavam os ânimos e investidores se preparavam para uma série final dos resultados do segundo trimestre.
O índice blue chip futuros do Dow subia 3 pontos, ou 0,01%, às 06h55 em horário local (07h55 em horário de Brasília), os futuros do S&P 500 caíam 2 pontos, ou 0,06%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 tinha queda de 2 pontos ou 0,03%.
As exportações e importações da China tiveram um aumento muito mais fraco do que o esperado em julho, elevando as preocupações com a força da demanda global.
Dados da Alemanha também não ajudaram a acalmar as preocupações, já que a economia número um da zona do euro também teve queda nas exportações e exportações em junho.
A queda de 2,8% nas exportações foi a maior em um mês desde agosto de 2015, encerrando cinco meses de crescimento, ao passo que a inesperada redução de 4,5% nas exportações foi a maior queda desde janeiro de 2009.
Os dados decepcionantes deixavam as bolsas mundiais em cheque nesta terça-feira em uma sessão na qual o foco econômico nos EUA será o estudo sobre ofertas de empregos e rotatividade no mercado de trabalho (JOLTS, na sigla em inglês) em junho; de outra forma, deverá ser um dia relativamente calmo.
Mesmo com a defasagem dos dados, o relatório tem chamado a atenção pois Janet Yellen, presidente nacional do Federal Reserve (Fed), citou o estudo ao avaliar o estado do mercado de trabalho.
Contudo, com o sólido relatório de empregos divulgado na última sexta-feira, investidores estão se concentrando nos dados sobre a inflação como o último obstáculo para o Fed obter o sinal verde definitivo ao retorno da normalização da política monetária.
Dessa forma, as atenções estarão voltadas tanto ao índice de preços ao produtor (IPP) quanto ao índice de preços ao consumidor (IPC) que deverão ser divulgados quinta e sexta-feira, respectivamente.
Os resultados também estarão no centro das atenções do mercado, embora seu fluxo tenha se reduzido consideravelmente.
Entre as empresas constituintes do S&P 500, 426 delas já divulgaram resultados e 73% superaram projeções de lucros com 11,77% de crescimento e 70% superaram o consenso sobre vendas com 6,1% de crescimento, conforme The Earnings Scout.
Antes da abertura desta terça-feira, estão previstos resultados de Dean Foods (NYSE:DF), CVS Health (NYSE:CVS), Michael Kors (NYSE:KORS), Ralph Lauren (NYSE:RL), Time Inc (NYSE:TIME) (NYSE:TIME), Wayfair (NYSE:W), SeaWorld (NYSE:SEAS), Norwegian Cruise Line (NASDAQ:NCLH) e Virtu Financial (NASDAQ:VIRT).
Disney (NYSE:DIS), Priceline (NASDAQ:PCLN), TripAdvisor (NASDAQ:TRIP), Hertz Global (NYSE:HTZ), Monster Beverage (NASDAQ:MNST), Continental Resources (NYSE:CLR) e Zillow (NASDAQ:ZG) farão a divulgação após o fechamento do mercado.
Enquanto isso, preços do petróleo tinham negociações em diferentes direções, já que investidores se concentravam em informações sobre menor oferta de petróleo bruto da Arábia Saudita e também aguardavam o resultado da reunião de alguns ministros de petróleo de produtores da OPEP e externos à organização em Abu Dhabi para avaliar como o grupo poderá aumentar a conformidade com os cortes na produção que começaram no início do ano.
De acordo com cálculos recentes, a conformidade caiu para 86% em julho, o menor nível desde janeiro.
Investidores também aguardavam os dados semanais do Instituto Americano de Petróleo sobre as reservas de petróleo bruto e produtos refinados, com relatório previsto para a divulgação às 17h30 (horário de Brasília).
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA avançavam 0,18%, atingindo US$ 49,48 às 6h57 em horário local (7h57 em horário de Brasília), enquanto o petróleo Brent recuava 0,02%, com o barril negociado a US$ 52,36.