Investing.com - O mercado financeiro poderá receber uma onda de IPOs em 2019 com a retomada de confiança dos investidores. A projeção é do CEO do BTG Pactual Roberto Sallouti, que afirmou estar otimista em relação à implantação da correção do rumo nas contas públicas.
“As empresas têm projetos engavetados e vão precisar de capital”, disse em conversa com jornalistas durante evento com investidores organizado pelo banco em São Paulo. “O diagnóstico [do governo eleito] está correto. Se o mercado permitir, terão muitas operações [em 2019].
Sem revelar o número exato, Sallouti afirmou que o pipeline de operações do banco está robusto e o número de operações deverá ser maior do que foi nos últimos anos.
Segundo ele, a retomada de confiança dos investidores já começou com o resultado da eleição e o encaminhamento de nomeações e de políticas.
A entrada de investimento de longo prazo, avalia Sallouti, ainda é tímido, mas está começando tanto no mercado local como no capital externo. “O local ficou mais otimista antes do estrangeiro, mas à medida que temos mais clareza da política, o estrangeiro vem mais”, acredita.
Uma boa sinalização para o investidor seria a aprovação de medidas no Congresso ainda neste ano, como a independência do Banco Central ou a reforma tributária.
Na avaliação do CEO, ainda é difícil prever que alguma coisa possa ser aprovada nessa legislatura, mas que se efetivamente algo for à frente poderá impulsionar os preços no mercado financeiro. De acordo com Sallouti, os investidores não precificam nenhuma aprovação em 2018.
A avaliação do executivo segue o prognóstico da nota publicada ontem (21) na Coluna do Broad, do jornal O Estado de S.Paulo, apesar da ressalva de que o mercado ainda está cauteloso no que se refere ao momento para a realização dos IPOs. Os investidores estavam otimistas com a retomada das ofertas iniciais de ações em fevereiro, agora apenas para abril. De acordo com a Coluna, os IPOs devem se intensificar a partir da clareza de um ambiente econômico positivo, com avanço da aprovação das reformas e ajustes das contas públicas.