(Reuters) - A MSD Merck Sharp & Dohme (MSD), chamada nos Estados Unidos de Merck & Company Inc (NYSE:MRK) (SA:MRCK34)., disse nesta segunda-feira que pediu uma autorização de uso emergencial nos EUA para seu comprimido para tratar de pacientes com casos de Covid-19 entre leves e moderados, o que pode torná-lo o primeiro remédio antiviral oral contra a doença.
A autorização poderia ajudar a mudar a administração clínica da Covid-19, já que a pílula pode ser ingerida em casa. Batizado de molnupiravir, o tratamento poderia diminuir pela metade as chances de morte ou hospitalização para as pessoas que correm mais risco de contrair formas severas de Covid-19, de acordo com a farmacêutica.
Os dados de eficácia provisórios sobre o remédio, que é desenvolvido com a Ridgeback Biotherapeutics, influenciaram fortemente as ações dos fabricantes de vacinas contra Covid-19 quando foram divulgados na semana passada.
Medicamentos já existentes da Gilead Sciences, como o antiviral de infusão remdesivir, e o esteroide genérico dexametasona costumam ser administrados quando um paciente é hospitalizado.
Remédios de anticorpos monoclonais da Regeneron Pharmaceuticals e da Eli Lilly têm um uso limitado até o momento devido à dificuldade de administrá-los.
Na Índia, porém, duas farmacêuticas tentaram encerrar na semana passada testes de estágio avançado de suas versões genéricas do molnupiravir para tratar casos moderados de Covid-19, de acordo com documentos de estudo.
Uma fonte da Controladoria-Geral de Medicamentos da Índia disse que a pílula não mostrou uma "eficácia significativa" contra casos moderados, mas que teve sucesso em casos leves.
A MSD disse que seu testes se baseiam nas definições da Agência de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA), que para casos moderados de Covid-19 descreve os níveis de oxigênio no sangue como não inferiores a 93%, enquanto os testes na Índia situam a medida entre 90% e 93%.
(Por Manas Mishra e Leroy Leo em Bengaluru)