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O que esperar da temporada de balanços do 3T22, segundo a XP

Publicado 24.10.2022, 16:31
© Reuters.
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Investing.com – Com o início da temporada de resultados do terceiro trimestre de 2022 (3T22) no dia 13 de outubro de 2022, a expectativa é que os mercados avaliem não somente os balanços das empresas brasileiras, mas os impactos da inflação global em alta e da resiliência da economia brasileira, segundo a XP (BVMF:XPBR31), que prevê um forte crescimento de receitas e lucros das empresas de capital aberto brasileiras.

Em relatório, Fernando Ferreira, estrategista chefe e Head do Research, Jennie Li, estrategista de ações e Rebecca Nossig, analista de estratégia de ações, apontam que, apesar dos riscos globais, o índice Ibovespa apresentou alta de 11,7% durante o terceiro trimestre deste ano, com cotação em Reais. Com a apreciação do dólar, a alta foi de 7,2% em dólares, enquanto o índice americano S&P 500 caiu -5,3% do S&P 500 e os mercados globais, medido pelo índice MSCI ACWI corrigiu -7,3%.

A XP afirma que o consenso é de um Lucro por Ação (LPA) das empresas do Ibovespa em 19% na comparação com o mesmo período do ano passado, o que seria explicado pela recuperação no cenário doméstico e a maior capacidade de repasse da inflação aos consumidores. Para o Lucro Operacional (EBITDA) das empresas, o mercado espera 25% de crescimento, enquanto para a receita, alta de 23%. No entanto, em relação ao trimestre anterior, o mercado espera certa estabilidade em receita e EBITDA.

“Durante essa temporada de balanços, investidores irão analisar os impactos da inflação e das disrupções nas cadeias de suprimentos globais, e se as empresas estão conseguindo repassar custos maiores adiante. Para exportadores de commodities, preços menores desses materiais durante o terceiro trimestre podem ter um impacto negativo, que pode ser parcialmente compensado pelo dólar mais forte”, dizem os analistas em relatório.

De acordo com a XP, os destaques devem ser os setores de bancos, com benefícios do  robusto crescimento do crédito, expansão das receitas de tarifas, e menor consumo de índice de cobertura; Varejo alimentar, principalmente o Atacarejo, com forte SSS (same store sales ou vendas nas mesmas lojas) e crescimento de receita; Varejistas de alta renda, mesmo com cenário macro desafiador; Papel e Celulose, impulsionados pelos preços da celulose; Shoppings, que se recuperam, principalmente os de alto padrão, como Iguatemi (BVMF:IGTA3) e Multiplan (BVMF:MULT3); além das empresas de Telecom, com TIM (BVMF:TIMS3) e Vivo (BVMF:VIVT3)apresentando um trimestre sólido devido à consolidação do mercado com a aquisição da Oi Móvel (BVMF:OIBR3).

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