Investing.com – As ações da Azul (BVMF:AZUL4) disparavam na manhã desta quinta-feira, 10, após a companhia apresentar um lucro de R$497,9 milhões no segundo trimestre, revertendo parcialmente prejuízo de R$2,6 bilhões reportado um ano antes.
Às 11h38 (de Brasília), os papéis preferenciais avançavam 6,45%, a R$17,66.
A companhia aérea apresentou prejuízo líquido ajustado de R$567 milhões, contra também resultado negativo de R$721 milhões no período do ano passado. As ações preferenciais ganhavam 2,71%, a R$17,02.
“Como resultado da forte demanda e da nossa maior eficiência operacional, o Ebitda cresceu notáveis 88% ano contra ano, atingindo um recorde histórico para um segundo trimestre no valor de R$1,2 bilhão, com uma margem de 27%”, informou a Azul em release de resultados. “Estamos animados com os próximos meses, já que estamos entrando no período mais forte do ano com um ambiente de demanda, preços e capacidade muito favoráveis”, completa a Azul no documento.
Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o Goldman Sachs (NYSE:GS) afirmou que o Ebitda ficou 10% acima do consenso, em linha com o esperado pelos analistas do banco, o que considerou positivo. “As receitas unitárias ficaram estáveis em relação ao ano anterior e contraíram 3% no trimestre, principalmente em linha com a sazonalidade típica do trimestre. Isso ocorre em um contexto de queda nos preços do querosene de aviação, o que pode indicar que a empresa ainda não está repassando totalmente o efeito dos custos mais baixos para os preços”, avalia o GS.
Também em relatório, o banco BTG (BVMF:BPAC11) ressaltou o processo de recuperação de volumes, que deve continuar, e enxerga espaço para mais reclassificações.
“Investidores devem prestar menos atenção ao 2T, já que volumes mais fracos já eram esperados, e, em vez disso, focar na conclusão da gestão de liquidez e passivo; rebote de volume em 2H; dinâmica competitiva, que se apresenta disciplinada, preços de combustíveis e ramp-up da operação de Congonhas”, apontam os analistas.
Ainda que a classificação para o papel seja neutra, o BTG diz que está cada vez mais otimista com a Azul, “fruto da importante reestruturação da dívida gerida pela empresa”.