Num cenário de explosão de preços de commodities e de recuperação das vendas de combustíveis no Brasil, a Petrobras (SA:PETR4) fechou o primeiro trimestre deste ano com lucro de R$ 1,16 bilhão.
O resultado reverte o prejuízo de R$ 48,5 bilhões no primeiro trimestre de 2020, quando a pandemia de Covid-19 derrubou a cotação do petróleo do tipo Brent, negociado na bolsa de Londres, e também o consumo de derivados no Brasil. Diante das perspectivas pessimistas com o comportamento da commodity ao longo do ano, a Petrobras fez, na época, uma série de baixas contábeis de seus ativos, prevendo que boa parte deles não valeria a pena com o barril do petróleo na casa dos US$ 30. As apostas, no entanto, não se concretizaram, e a empresa fechou o ano passado com lucro trimestral recorde de R$ 59,89 bilhões.
Neste trimestre, a empresa aproveitou a alta do petróleo no mercado internacional para reforçar sua receita, ao promover reajustes em suas refinarias toda vez que o barril ficava mais caro nas principais bolsas de negociação do mundo.
A resiliência do agronegócio garantiu o crescimento da venda de óleo diesel, usado no transporte de produtos agrícolas. Enquanto o afrouxamento das medidas de isolamento manteve o comércio de gasolina. A Petrobras ainda conseguiu aumentar sua participação nos mercados dos dois combustíveis para 73%.
Na comparação com o quarto trimestre do ano passado, houve retração de 98,1% do resultado, por conta da desvalorização do real frente ao dólar, que pesou nas despesas financeiras. O balanço frustrou analistas de mercado, que apostavam num lucro de R$ 4,7 bilhões, segundo prévia do Broadcast elaborada a partir das expectativas de seis casas - Bradesco BBI, BTG Pactual (SA:BPAC11), UBS, XPInvestimentos, Santander (SA:SANB11) e Itaú BBA.