SÃO PAULO (Reuters) - A Petrobras (SA:PETR4) deverá desembolsar 1,4 bilhão de reais no primeiro ano do processo de equacionamento do déficit de 27,7 bilhões de reais do Plano Petros, informou a empresa em fato relevante nesta terça-feira.
O início da implementação do programa, aprovado nesta terça-feira pelo Conselho da Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros), está previsto para dezembro de 2017.
Segundo a Petrobras, o déficit já está contemplado nas demonstrações financeiras da empresa, não impactando o resultado de 2017.
De acordo com o Petros, o déficit teve como principais causas ajustes estruturais de natureza atuarial (como atualização do perfil das famílias e melhoria da expectativa de vida dos participantes e assistidos), acordos e provisões judiciais, além de impactos da conjuntura econômica sobre os investimentos, que refletiram em rentabilidade abaixo da meta atuarial, como ocorreu com boa parte dos fundos de pensão.
O desembolso para equacionar o déficit do fundo de pensão --que será feito paritariamente entre as patrocinadoras Petrobras, BR Distribuidora e Petros e os participantes e assistidos do plano-- será decrescente ao longo de 18 anos, acrescentou a estatal.
Segundo a nota, caberá à Petrobras um valor total de 12,8 bilhões de reais e à BR Distribuidora um total de 0,9 bilhão de reais.
Após a aprovação pelo Conselho da Petros nesta terça-feira, o plano de equacionamento será avaliado pelo Conselho de Administração da Petrobras e encaminhado à Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest).
Caso o Sest se manifeste favoravelmente, o plano deverá ser implementado pela Petros em até 60 dias, informou a petroleira.
(Por Laís Martins)