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Investing.com — O CEO da BlackRock Inc (NYSE:BLK), Larry Fink, está "apavorado no curto prazo" com a economia em meio à incerteza causada pela política comercial do presidente dos EUA, Donald Trump. Falando hoje em uma entrevista à CNBC, Fink ecoou declarações anteriores feitas no Economic Club de Nova York, afirmando: "Acho que estamos muito próximos de uma recessão, se não já estamos nela."
Na quarta-feira, Trump anunciou uma pausa de 90 dias nas tarifas americanas para parceiros comerciais, que estavam em vigor por apenas algumas horas antes do anúncio. A pausa tem como objetivo permitir que os países negociem novos acordos comerciais com os EUA.
Fink prevê que a economia experimentará "uma desaceleração até que tenhamos maior certeza". Além disso, ele argumentou que a pausa nas tarifas de Trump apenas cria mais incerteza, impulsionando ainda mais a indecisão.
Um dos maiores problemas que as empresas enfrentam é a alocação de capital, e Fink concordou: "Não há dúvida de que os investimentos em capital estão caindo agora até que tenhamos um melhor entendimento."
Apesar da incerteza que paira sobre a economia americana, Fink não vê desculpa para a inação. Ele instou as empresas a "encontrarem soluções" para a incerteza em vez de estagnarem por causa dela.
Na BlackRock, Fink está mais ocupado do que nunca, "passando mais tempo com mais clientes globalmente". As empresas têm recorrido à BlackRock e firmas semelhantes em busca de ajuda e orientação em meio ao estado incerto da economia global.
Muitos descreveram a guerra tarifária de Trump como uma ferida autoinfligida na economia americana. Fink acrescentou: "Isso não é uma pandemia; não é uma crise financeira — é algo que nós criamos." Ele também apontou para a mudança dos EUA de ser uma âncora global e estabilizadora para um desestabilizador global.
No entanto, Fink ofereceu algum otimismo. Ele observou que as tendências macro — especificamente IA, data centers e infraestrutura — provavelmente não serão interrompidas devido à incerteza atual, embora tenha reconhecido possíveis atrasos na inovação. "Continuo otimista a longo prazo", disse ele.
Apesar da incerteza econômica e confusão, a crença de Fink no capital americano permanece inabalável, e ele citou que os clientes ainda estão motivados a construir. "A longo prazo, estou menos preocupado com algumas dessas questões, mas no curto prazo, estou apavorado", concluiu.
Seus comentários vêm depois que a BlackRock reportou resultados mistos para o primeiro trimestre do ano fiscal de 2025. O gigante da gestão de ativos superou as expectativas dos analistas em lucro por ação, bem acima do consenso em US$ 11,30, mas ficou ligeiramente abaixo das expectativas em receita e AUM (ativos sob gestão).
Em relação aos resultados, Fink disse: "A incerteza e a ansiedade sobre o futuro dos mercados e da economia estão dominando as conversas com os clientes."
As palavras do CEO reiteraram o tema do dia, já que vários executivos, incluindo o CEO da JPMorgan Chase & Co (NYSE:JPM), Jamie Dimon, e o CEO da Morgan Stanley (NYSE:MS), Ted Pick, citaram crescente cautela e incerteza na economia.
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