Promotores federais dos EUA estão apurando as acusações de que a Tesla (NASDAQ:TSLA) teria inflado o alcance operacional dos seus veículos elétricos, segundo uma reportagem do Wall Street Journal. A investigação segue uma matéria da Reuters em julho que revelou que a empresa usou algoritmos para gerar estimativas de autonomia dos carros acima da realidade.
A Reuters já havia informado anteriormente que os veículos da Tesla costumam não atingir as previsões de alcance informadas pelos próprios sistemas internos dos carros. De acordo com fontes citadas pela agência, cerca de dez anos atrás, a empresa desenvolveu algoritmos para gerar estimativas otimistas de autonomia no painel de controle.
Além disso, a Tesla criou uma “Equipe de Desvio” para cancelar ou adiar os agendamentos de serviço dos clientes que reclamavam do baixo alcance dos veículos, em comparação com as projeções e propagandas da empresa.
A medida teria sido tomada para reduzir a demanda nos centros de serviço da montadora, que estavam sobrecarregados com as queixas dos proprietários.
O WSJ também informou na quarta-feira que o escritório do Procurador dos EUA em Manhattan está averiguando o uso das finanças da Tesla em um projeto secreto chamado internamente de “casa de vidro” para o CEO Elon Musk. O projeto se refere a uma residência próxima a Austin, no Texas, cujo valor não foi divulgado. Em julho, o WSJ divulgou que os diretores da Tesla examinaram se os recursos da empresa foram desviados para o projeto.
As ações da TSLA registravam alta de 0,51%, cotadas a US$ 258,47 às 11h59 (de Brasília) quinta-feira, 31, no pregão em Nova York.