Qatar Airways assina acordo para compra de até 210 jatos Boeing durante visita de Trump

Publicado 14.05.2025, 16:04
© Reuters. Maior fábrica de jatos da Boeing em Everett, em Washington, nos EUAn13/01/2017nAlwyn Scott/Reuters

DOHA/SEATTLE (Reuters) - A Qatar Airways assinou um acordo nesta quarta-feira para comprar até 210 jatos de grande porte da Boeing (NYSE:BA) durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao país árabe do Golfo, o que representa um grande trunfo para a fabricante de aviões dos EUA.

O acordo com a Boeing para aviões 777X e 787 com motores GE Aerospace foi avaliado em US$96 bilhões, segundo a Casa Branca. É uma vitória para Trump mesmo que levem anos até que as aeronaves sejam entregues.

A venda também é um impulso para a Boeing e sua maior fornecedora de motores em um momento em que as versões grandes do A350, da rival Airbus (EPA:AIR) -- equipadas com motores Rolls-Royce (LON:RR) -- têm enfrentado problemas de manutenção por operarem nos climas mais quentes do mundo, incluindo a região do Golfo.

As ações da Boeing subiram 0,9% em Nova York, enquanto as ações da GE Aerospace subiram 0,1%.

Para os 787s, a Qatar optou pelos motores GEnx da GE Aerospace em vez do Trent 1000 da Rolls-Royce, de acordo com a administração. O GE9X da GE Aerospace é a única opção de motor para o 777X.

É o maior negócio de motores para aviões de grande porte da GE Aerospace, disse o presidente-executivo da empresa, Larry Culp, em um comunicado.

Trump e o emir do Catar, Tamim bin Hamad Al-Thani, participaram de uma cerimônia de assinatura com o presidente-executivo da Boeing, Kelly Ortberg, e o presidente-executivo da Qatar, Badr Mohammed Al-Meer. Segundo Trump, Ortberg lhe disse que esse é o maior pedido de jatos da história da Boeing.

O acordo foi assinado durante a segunda parada de Trump em uma turnê pelos países do Golfo, após ele fechar uma série de acordos com a Arábia Saudita na terça-feira.

À imprensa, Trump disse que o acordo era para 160 aviões e valia US$200 bilhões. No entanto, a Casa Branca emitiu mais tarde um informativo afirmando que o acordo era para até 210 jatos no valor de US$96 bilhões.

O 777X ainda está em desenvolvimento e está programado para começar a ser entregue em 2026, com seis anos de atraso. A Qatar já tem pedidos para 94 777Xs. Sua concorrente, a Emirates, tem pedidos para 205 777Xs. As duas companhias aéreas estavam entre os primeiros clientes quando a Boeing lançou o programa em 2013.

A carteira de pedidos da Boeing incluía 521 pedidos de 777X e 828 pedidos de 787 em 30 de abril, de acordo com a empresa.

Não está claro quantas unidades de cada modelo a Qatar encomendou, nem se os pedidos são firmes -- o que exige um depósito e várias obrigações contratuais -- ou se são opções de compra.

O valor do negócio também não está claro. A Boeing não publica mais os preços de seu catálogo, e os analistas de aviação dizem que as companhias aéreas normalmente obtêm grandes descontos em compras em grande volume.

A Boeing não comentou o negócio de imediato, e a Qatar não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

(Reportagem de Andrew Mills; reportagem adicional de Allison Lampert em Montreal, Tim Hepher em Paris e Dan Catchpole em Seattle)

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