Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras, mas sobe em semana marcada por resultados corporativos
Investing.com - As reações dos investidores aos resultados corporativos têm sido mais acentuadas que o normal durante o período de divulgação do segundo trimestre, possivelmente indicando que os mercados estão se concentrando mais nos desempenhos individuais das empresas do que nas tendências econômicas mais amplas, segundo analistas do Barclays (LON:BARC).
Em uma nota aos clientes, o banco afirmou que o desempenho médio das ações em relação ao índice de referência S&P 500 após resultados melhores que o esperado foi de 71 pontos-base na primeira sessão de negociação após os resultados. Isso é aproximadamente o dobro da tendência de longo prazo, disseram os analistas.
Enquanto isso, após resultados abaixo das expectativas, o desempenho médio negativo foi de 230 pontos-base - mais do que o dobro da tendência de longo prazo.
"Isso pode ser um sinal de que o foco dos investidores está mudando mais para os fundamentos, potencialmente às custas" de forças econômicas mais amplas, argumentaram os analistas, acrescentando que a sensibilidade das ações aos dados de preços ao consumidor e folha de pagamento não agrícola "permaneceu próxima da neutralidade" nos últimos meses.
Ainda assim, os dados fracos de desemprego nos EUA na semana passada indicaram os riscos de adotar uma abordagem complacente em relação à trajetória da economia, disseram os estrategistas liderados por Venu Krishna, destacando que as ações sobrecompradas foram particularmente pegas de surpresa pelas fortes revisões para baixo dos números de emprego de junho e maio. Os mercados agora estão precificando maior volatilidade no curto prazo como resultado, observaram.
"Daqui para frente, acreditamos que as ações precisam de suporte tanto dos resultados quanto do macro para continuar funcionando" em seus níveis atualmente inflados, acrescentaram os analistas. No entanto, alertaram que isso pode ser "complicado pelo cenário de tarifas ainda em evolução e pela sazonalidade desafiadora de agosto."
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