Investing.com - Em dia negativo para os mercados de ações devido a tensão com a crise da Turquia e o cenário eleitoral brasileiro, a Rumo Logística (SA:RAIL3) opera com desvalorização de 3,39% a R$ 13,38, mesmo com o noticiário favorável à companhia.
O governo vai manter os preparativos para a assinatura da prorrogação dos contratos de concessão de cinco malhas de ferrovias já em operação, mesmo após o Ministério Público Federal haver ingressado nesta semana com ação de inconstitucionalidade contra a medida, com pedido de suspensão imediata.
A Guide Investimentos lembra que a prorrogação do contrato da Rumo Malha Paulista, com 1.989 km de linhas no interior de São Paulo, é a primeira de uma fila de cinco concessionárias que ganharão mais tempo à frente dos negócios, em troca de mais investimentos.
As outras são: Estrada de Ferro Carajás, Estrada de Ferro Vitória a Minas, Ferrovia Centro-Atlântica e a MRS Logística. Juntas, elas prometem investir mais pelo menos R$ 32 bilhões.
Diante disso, a corretora avalia a notícia como positiva, uma vez que a renovação da Malha Paulista é um dos principais triggers para o papel. A concessão vencerá em 2028, e caso o governo aceite, a Rumo continuaria a administrar a ferrovia por mais 30 anos e, em troca, investiria quase R$ 5 bilhões.
Para os analistas, é essencial a renovação da concessão da Malha Paulista para viabilizar também parte da venda da participação da ferrovia (a chinesa CCCC e as japonesas Mitsubishi e Sumitomo seguem em conversas com a Rumo).
Na última semana, a Rumo ainda anunciou que obteve a aprovação de financiamento do BNDES no valor de R$ 2,9 bilhões para as controladas Rumo Malha Norte e a Rumo Malha Sul.
Diante disso, a Guide segue otimista com o papel, mantendo a recomendação em função: sinalizações de incentivo às concessões por parte do governo; expectativa pela renovação antecipada da Malha Paulista no início do 2S18; expectativa de continuidade no ciclo de crescimento nos volumes de grãos nos próximos trimestres e; por fim, recente aumento de capital da empresa, fortalecendo a sua estrutura, dando suporte ao plano de investimentos e à melhora ao mercado de dívida (reduzindo a sua dependência do BNDES)