Por Aluisio Alves
SÃO PAULO (Reuters) - A concessionária de ferrovias Rumo (SA:RAIL3) abre nesta terça-feira a operação de seu terminal ferroviário em Rio Verde (GO), a maior unidade da Malha Oeste, com capacidade de operação de 11 milhões de toneladas grãos e farelo de soja por ano, para atender Goiás e o leste do Mato Grosso.
O terminal, ligado por um trecho de quase 200 quilômetros de trilhos até São Simão (GO), escoará produção da maior região do agronegócio do país até o Porto de Santos (SP), levando fertilizantes no retorno.
Segundo o vice-presidente comercial da Rumo, Pedro Palma, o modal permitirá ofertar aos produtores do Centro-Oeste uma solução de transporte de 15% a 20% mais barata do que a feita hoje por meio de caminhões e mesmo pela hidrovia Tietê-Paraná.
"O terminal também terá capacidade de carregar um trem de 120 vagões em menos de 8 horas", disse ele à Reuters.
A empresa também terá também em Rio Verde um outro terminal para líquidos, descendo etanol para Paulínia (SP), com os trens voltando carregados com diesel e gasolina.
Há também em construção um terminal de fertilizantes, em parceria com a Andali, com previsão para começar a operar no primeiro semestre de 2022, com capacidade de 1,5 milhão de toneladas por ano. A Rumo também ainda vai ligar à concessão no ano que vem um terminal em Iturama (MG) para açúcar.
Os projetos são parte dos planos de expansão dos tramos central e sul da Ferrovia Norte-Sul, cuja concessão de 30 anos foi arrematada pela Rumo em março de 2019, trecho de 1.537 quilômetros ligando Porto Nacional (TO) e Estrela D’Oeste (SP), que a Rumo chama de Malha Central.
Segundo Palma, outros dois terminais devem ser erguidos até 2024, um no norte de Goiás e outro no sul de Tocantins.
Para ter a Norte-Sul toda conectada, a Rumo ainda fará um trecho ligando Rio Verde a Ouro Verde de Goiás, de cerca de 250 quilômetros, o que deve interligar a concessão também para o Norte do país, até o Porto de Itaqui (MA).
(Edição Alberto Alerigi Jr.)