Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - Após as empresas anunciarem planos de uma possível fusão, na última segunda-feira (11), as ações da Hapvida e da Notre Dame Intermédica dispararam, respectivamente, 8,46% e 11%, fazendo com que o Safra rebaixasse sua recomendação para Neutra.
Na terça-feira (12) as ações sofreram uma correção. HAPV3 encerrou o pregão em baixa de 2,64%, a R$ 17,72, e GNDI3, de 2,74%, a R$ 98,67, contra alta de 0,6% do Ibovespa, aos 123.998 pontos. O Safra fixou seus preços-alvo em R$ 20,22 para Hapvida e R$ 116,21 para Intermédica.
Apesar de considerar que “as sinergias e o ágio decorrente desta transação devem desbloquear um valor significativo, sem mencionar a melhoria do ambiente competitivo de longo prazo”, o banco acredita que as ações já incorporaram a maior parte dessa expectativa.
As principais fontes de sinergia do acordo, na percepção do Safra, são melhoria de MLR (medical loss ratio); redução de despesas gerais e administrativas; vendas cruzadas; e a possibilidade de alavancar a rede própria da nova companhia para vender serviços a terceiros. O banco estima R$ 1.418 milhões em sinergias operacionais anuais.
Especificamente sobre a Hapvida, o Safra aponta como pontos positivos da empresa seu controle rígido sobre despesas; a abordagem que permite trabalhar na prevenção de doenças e reduzir custos; e fusões e aquisições, que podem representar uma oportunidade adicional.
Para a Intermédica, por sua vez, os pontos positivos levantados pelo banco são o crescimento orientado a fusões e aquisições; o foco no segmento corporativo; e a experiência na aquisição e integração de novos negócios.
Os maiores riscos apontados pelo Safra, por outro lado, são um impacto maior do que o esperado da pandemia de Covid-19; desafios acima do previsto e atrasos na integração de aquisições recentes; MLR crescendo acima das expectativas, sobretudo para a Hapvida; e um crescimento decepcionante dos lucros para a Intermédica.