Investing.com – As ações da SLC Agrícola (BVMF:SLCE3) recuavam na manhã desta terça-feira, 05, após a companhia revisar suas projeções para a safra 2023/2024 diante de impactos do fenômeno climático El Niño. Às 10h45 (de Brasília), os papéis perdiam 2,84%, a R$36,96.
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Segundo fato relevante divulgado aos investidores e ao mercado em geral, será necessário realizar a descontinuação de 16 mil hectares de soja, com a transferência dessa área, inicialmente projetada para plantio de soja e algodão segunda safra, para somente a primeira safra, que teria melhor potencial produtivo. Com o replantio de 19 mil hectares de soja, a área da segunda safra do milho terá diminuição de 7,7 mil hectares em relação ao inicialmente projetado.
“Como pode ser observado, o cerrado brasileiro vem sofrendo com chuvas abaixo da média histórica e altas temperaturas. Essas condições climáticas foram inadequadas para o desenvolvimento da soja, principalmente no Oeste do Mato Grosso, região mais afetada pela seca”, informou a SLC Agrícola no documento.
As produtividade estimada para 2023/24 da soja caiu sobre o potencial produtivo em 7,3% em relação a estimativa inicial, "principalmente devido à estiagem e as altas temperaturas ocorridas no estado do Mato Grosso", completa.
Segundo o banco BTG (BVMF:BPAC11), a medida não é totalmente inesperada, com informações na mídia sobre o clima na região Centro-Oeste do Brasil, principalmente estado de Mato Grosso.
“Altas temperaturas e chuvas heterogêneas comprometeram o desenvolvimento da soja precoce plantada em vários pontos do estado, obrigando a um replantio. Em outros casos, os agricultores optaram por desistir da soja e antecipar o plantio de algodão”, avalia.
Segundo o BTG, enquanto a área total plantada em 2024 está sendo reduzida, o resultado operacional por hectare plantado pode não ter tanto impacto. No entanto, como a SLC possui alta diversificação em produção de algodão e soja, se a companhia teve impacto, a produção esperada dessas commodities tende a passar por revisões.
