BBAS3: Por que as ações do Banco do Brasil subiram hoje?
Investing.com – O mercado reagiu mal aos resultados da companhia do setor elétrico Taesa (BVMF:TAEE11). As ações da transmissora recuavam nesta quinta-feira, 16, em, baixa de 3% das Units, a R$36,13 às 11h30 (de Brasília). Indicadores menores de IGP-M e IPCA para correção monetária afetaram a receita no último trimestre do ano, que também sofreu com diminuição nas margens de implementação e infraestrutura.
A Taesa apresentou um lucro líquido no modelo IFRS de R$ 22,8 milhões no 4T22 e R$ 1,44 bilhões em 2022, recuos anuais de 94,6% e 34,5%, respectivamente. Os indicadores incluem o consolidado e participações.
Segundo a companhia, a queda reflete menores índices macroeconômicos que refletem na correção monetária do ativo contratual das concessões e redução na margem de implementação de infraestrutura por causa da entrada de novas operações.
Já o Ebitda regulatório de R$647 milhões representa alta de 16,3% na mesma comparação. No ano como um todo, com R$2,48 bi, subiu 29%.
O banco BTG (BVMF:BPAC11), que possui recomendação de venda para as ações da Taesa, com preço-alvo de R$35 para as Units, afirmou que a companhia apresentou resultados regulatórios sólidos, mas no modelo IFRS, foram fracos.
Considerando a política de dividendos da Taesa, com os R$ 460 milhões já anunciados em janeiro, os dividendos para 2022 chegam a R$ 1,2 bilhão, segundo o BTG, ou um yield de 9,7%, representando 85,9% da receita IFRS.
O BTG ainda enxerga a companhia como a ação mais cara do setor na cobertura, diante de resultados normalizados e alavancagem em níveis menos confortáveis
Por outro lado, a Ativa Investimentos, considerou o resultado como positivo, demonstrando eficiência da companhia. Por isso, a Ativa alterou a classificação de venda para neutro, com preço-alvo de R$ 36,00.
Segundo o analista Ilan Arbetman, as receitas foram positivamente afetadas pelos reajustes inflacionários e entrada em operação de alguns projetos. Além disso, os seus custos e despesas caíram na base anual.
No entanto, ainda que com perfil financeiro que considera mais carregado, o que pode impedir a distribuição de proventos, o analista espera a continuidade da solidez operacional. “Vemos a companhia como uma boa opção diante de um mercado que deve privilegiar ativos que apresentem maior poder de defesa contra a inflação”, afirma em relatório.