💎 1º corte de juros do Fed desde 2020 vai balançar o mercado. Encontre joias baratas com Preço-JustoSaiba mais

Taxas de juros curtas sobem e longas caem no Brasil após dados de inflação nos EUA

Publicado 11.09.2024, 16:59
Atualizado 11.09.2024, 17:00
© Reuters. Moedas de 1 real no Rio de Janeiron15/10/2010 REUTERS/Bruno Domingos
US2YT=X
-
US10YT=X
-
BR10YT=XX
-

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - As taxas dos DIs de curto prazo fecharam esta quarta-feira em leve alta, refletindo o avanço dos rendimentos dos Treasuries após dados de inflação dos EUA reforçarem as apostas de corte pelo Federal Reserve de apenas 25 pontos-base nos juros na próxima semana.

O avanço das taxas curtas no Brasil provocou uma desinclinação da curva a termo, com as taxas longas encerrando no território negativo.

No fim da tarde a taxa do DI para outubro de 2024 -- um dos mais líquidos atualmente, refletindo apostas para o Copom deste mês -- estava em 10,556%, em alta de 2 pontos-base ante os 10,54% do ajuste anterior.

A taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,93%, ante 10,912% do ajuste anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2026 estava em 11,785%, ante 11,757%.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 11,76%, em baixa de 4 pontos-base ante 11,801% do ajuste, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 11,73%, ante 11,76%.

O principal evento do dia foi a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos EUA, que subiu 0,2% em agosto, depois de ter avançado 0,2% em julho, conforme o Departamento do Trabalho. Nos 12 meses até agosto, o índice avançou 2,5%, menor alta desde fevereiro de 2021 e que se seguiu a aumento de 2,9% em julho.

Economistas consultados pela Reuters previam avanço de 0,2% no mês e de 2,6% na base anual.

“A desaceleração acima do esperado da inflação não fecha as portas para a possibilidade de um corte de 50 pontos-base na taxa, mas diminuiu consideravelmente essa chance, aos olhos dos operadores de mercado”, avaliou Paula Zogbi, gerente de research e head de conteúdo da Nomad, em comunicado enviado a clientes.

Em reação, as taxas dos Treasuries de curto prazo subiram, com investidores reduzindo apostas de corte de 50 pontos-base dos juros norte-americanos na próxima semana. Este movimento foi acompanhado pela parte curta da curva brasileira.

“O rendimento do Treasury sobe e impacta esta ponta mais curta (da curva brasileira). Isso acaba ancorando também a ponta longa da curva, que cai”, avaliou durante a tarde Vitor Oliveira, sócio da One Investimentos. “Se você controla mais a inflação agora, você também ancora mais os vértices no meio da curva e no longo prazo”, acrescentou.

Apesar da movimentação no trecho curto, a curva seguiu precificando chances majoritárias de alta na próxima semana de apenas 25 pontos-base da taxa Selic, hoje em 10,50% ao ano.

Perto do fechamento a curva brasileira precificava 91% de probabilidade de alta de 25 pontos-base da Selic e 9% de chance de aumento de 50 pontos-base. Na terça-feira os percentuais estavam em 96% e 4%, respectivamente.

© Reuters. Moedas de 1 real no Rio de Janeiro
15/10/2010 REUTERS/Bruno Domingos

Pela manhã, o mercado observou ainda dados sobre o avanço inesperado do setor de serviços brasileiro em julho. Conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o volume de serviços cresceu 1,2% em julho sobre junho, ante expectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,1%.

Uma das percepções no mercado foi de que o avanço do setor de serviços sugere pressões inflacionárias que, no limite, podem corroborar uma política monetária mais rígida por parte do Banco Central.

No exterior o viés para os yields seguia positivo no fim da tarde. Às 16h33, o rendimento do Treasury de dois anos--que reflete apostas para os rumos das taxas de juros de curto prazo-- tinha alta de 3 pontos-base, a 3,639%. Já o retorno do Treasury de dez anos --referência global para decisões de investimento-- subia 1 ponto-base, a 3,652%.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.