Investing.com – A Telefônica Brasil, dona da marca Vivo, divulga resultado referente ao segundo trimestre deste ano nesta terça-feira, 25. O crescimento anual da receita acima da inflação no período deve ser o destaque do balanço, na visão de analistas consultados pelo Investing.com Brasil.
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Às 15h23 (de Brasília), as ações da Telefônica Brasil (BVMF:VIVT3) apresentavam alta de 0,34%, a R$41,24.
Segundo a plataforma InvestingPRO, que reúne projeções de diversos analistas, a companhia deve apresentar um lucro por ação (LPA) de R$0,57, com receita estimada em R$12,629 bilhões.
Fonte: InvestingPRO
Os analistas consultados pelo Investing.com Brasil estão otimistas com o balanço do período entre abril e junho, com a expectativa de um incremento robusto na receita.
Heitor De Nicola, especialista de renda variável e sócio da Acqua Vero, espera que as principais empresas de telecomunicação do Brasil reportem bons resultados no período. “O principal destaque da Vivo deve ser o crescimento da receita de serviço móvel na comparação anual, crescendo mais que o dobro da inflação no período. Ao contrário da Tim (BVMF:TIMS3), a Vivo não reportará números impactados pela aquisição da Oi (BVMF:OIBR3) no segundo trimestre, pois já considerou os clientes adquiridos nos três meses do segundo trimestre de 2022”, recorda de Nicola, que aponta como principal destaque a receita móvel da Vivo, com expectativa de alta anual de 7,6%.
“Este forte desempenho de crescimento da receita reflete os aumentos de preços da Vivo em sua base de clientes. Em abril, a vivo elevou os preços em 15% para 50% de sua base de assinantes híbridos do Controle e implementou um aumento de 7% para dois terços de sua base pós-paga pura. A Vivo também aumentou o valor mínimo de recarga dos planos pré-pagos em maio, de R$12 para R$15”, afirma de Nicola.
Eduardo Siqueira, analista da Guide Investimentos, concorda com a expectativa de que o destaque do balanço deve ser crescimento de receita acima da inflação, principalmente no segmento mobile da telefonia.
“A empresa ela fez algumas ações de reprecificação da sua base, aumentou planos pós-pago, o que deve gerar um incremento de receita acima da inflação no segmento. Além disso, a companhia reajustou alguns dos tickets mínimos do seu pré-pago, do plano de recarga, o que também deve gerar algum efeito na receita”.
Flávio Conde, analista da Levante Investimentos, acredita que as projeções são positivas para o segundo trimestre, na mesma linha dos primeiros três meses do ano, com elevação da receita. No entanto, Conde possui dúvidas sobre um eventual crescimento dos custos em mesmo nível. Em sua visão, a margem Ebitda deve continuar em torno de 39%.
“A empresa conseguiu reduzir a dívida líquida do quarto trimestre para o primeiro, o que foi muito bom. Após a compra das licenças do 5G e pagamento dos clientes de celulares da Oi móvel, já conseguiu baixar a dívida, ao contrário da Tim”, lembra Conde, que espera continuidade da distribuição de 100% do resultado.
Na visão do analista, não deve haver grandes surpresas, considerando que Vivo e empresas de telefonia não possuem variações robustas. “O crescimento é pequeno. A questão é o 5G. Vai haver muitas perguntas sobre como está o avanço da instalação e quantos clientes já estão inseridos, isso é importante. Não tende a fazer preço, mas vai ficar todo mundo de olho”, completa Conde.
Confira projeções de lucro por ação, receita, Ebitda e lucro, em reais (R$):
Fonte: Projeções do InvestingPRO e do BTG.
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