Ibovespa fecha em queda pressionado por Petrobras, mas sobe em semana marcada por resultados corporativos
Por Heather Schlitz
CHICAGO (Reuters) - Os contratos futuros do trigo negociados em Chicago se recuperaram nesta quinta-feira, depois de atingirem uma mínima em cinco anos no dia anterior, e o milho também fechou em alta após mínimas contratuais, já que o suporte técnico e os sinais de nova demanda de exportação contrabalançaram a pressão da ampla oferta, disseram os traders.
A soja também subiu em relação à mínima de quatro meses, já que os preços baixos estimularam a demanda pela oleaginosa.
A abundância de oferta esperada das safras de trigo do Hemisfério Norte e das safras de milho e soja nos Estados Unidos arrastaram os preços para baixo no dia anterior.
O contrato de trigo mais ativo em Chicago subiu 9,75 centavos, fechando a US$5,1825 o bushel. O contrato de referência havia caído para seu nível mais baixo desde agosto de 2020 na quarta-feira, a US$5,04, mas se manteve acima do piso de US$5.
"Tivemos uma correção com o impulso de fortes números de exportação, devido aos preços mais baixos", disse Terry Linn, corretor da Linn & Associates.
O milho subiu 5,75 centavos, fechando a US$4,07 por bushel, depois que a maioria dos contratos de milho atingiu as mínimas no dia anterior.
As vendas semanais de exportação dos EUA, informadas pelo Departamento de Agricultura dos EUA na quinta-feira, mostraram volumes de trigo, milho e soja acima das estimativas do mercado.
Isso reforçou as expectativas de que a recente queda nos preços, juntamente com a fraqueza do dólar, tornou as safras dos EUA atraentes para exportação.
Espera-se que os EUA produzam safras abundantes de milho e soja este ano. Os analistas consultados pela Reuters acreditam que o Departamento de Agricultura dos EUA aumentará suas estimativas em um relatório mensal a ser divulgado na terça-feira.
A soja subiu 9,25 centavos, a US$9,9375 por bushel, recuperando-se de seu nível mais baixo desde abril, atingido um dia antes.
Segundo traders e analistas, a cobertura de posições vendidas e o aumento da demanda ajudaram a impulsionar a recuperação dos preços.
"A soja dos EUA é a mais barata do mundo até o outono (no Hemisfério Norte), e os compradores não chineses estão se apoderando dela", disse Linn.
(Reportagem de Heather Schlitz em Chicago. Reportagem adicional de Gus Trompiz em Paris e Peter Hobson em Canberra)