Investing.com - O petróleo Brent superou a marca de US$ 85 nesta semana, o que fez com que os analistas do UBS enviassem uma nota aos clientes dizendo que a cotação do barril “pode subir ainda mais”.
Os estrategistas do banco mantêm o otimismo com o petróleo e esperam que os preços cheguem a cerca de US$ 90 por barril até o final de 2023, de acordo com uma nota divulgada nesta semana. Eles explicaram que isso se deve a “forças construtivas” que o mercado deve registrar nos próximos meses. Os motivos são os seguintes:
Demanda forte: o banco afirmou que a demanda petrolífera continua forte, superando 102 milhões de barris por dia em julho. O UBS prevê que o consumo do produto alcance cerca de 103 milhões de barris por dia em agosto pela primeira vez, graças principalmente à China e à Índia, além do Brasil e do Oriente Médio. “Esperamos que isso compense a demanda fraca das economias avançadas”, escreveu o banco de investimento.
Oferta apertada: o UBS também ressaltou que a oferta continuará restrita. Os analistas do banco notaram que a produção de petróleo bruto da Opep+ atingiu o nível mais baixo em um ano em junho e acreditam que a produção em julho também foi bastante menor, devido a cortes extras voluntários da Arábia Saudita e interrupções temporárias de produção no México, Cazaquistão e Nigéria.
Ainda há déficits no mercado, o que estimula os preços: com base no cenário de oferta/demanda do banco, os analistas acreditam que provavelmente haverá um déficit de cerca de 2 milhões de barris por dia em julho e agosto, em comparação com cerca de 700 mil barris por dia em junho. “Também estimamos anteriormente que, se os sauditas prorrogassem seus cortes de produção de 1 milhão de barris por dia, como aconteceu, setembro poderia ver outro déficit de mais de 1,5 milhão de barris por dia”, escreveu o UBS.
O banco concluiu dizendo que os investidores dispostos a assumir riscos poderiam “aumentar a exposição comprada via índices de primeira geração ou contratos de petróleo Brent de longo prazo, protegendo-se contra riscos de queda do preço do Brent”.