Vale Base Metals poderá investir US$3,3 bi para elevar produção e reduzir custos

Publicado 20.06.2024, 09:30
Atualizado 20.06.2024, 12:10
© Reuters.

Por Marta Nogueira e Letícia Fucuchima

RIO DE JANEIRO/SÃO PAULO (Reuters) - A Vale (BVMF:VALE3) Base Metals (VBM), subsidiária da Vale de metais básicos, avalia investir cerca de 3,3 bilhões de dólares em medidas que visam ampliar a capacidade de ativos de cobre e níquel e reduzir custos de produção, informou a companhia nesta quinta-feira.

O montante, que considera apenas recursos próprios, foi sugerido a partir de conclusões e análises tomadas após uma revisão completa de todos os seus ativos, concluída em dezembro de 2023, depois de a Vale ter vendido 13% da VBM em julho passado, por 3,4 bilhões de dólares.

Os planos para os potenciais novos aportes ainda estão em desenvolvimento, então, por isso, não houve ainda uma revisão do guidance atual devido ao trabalho. As conclusões foram apresentadas nesta quinta-feira a investidores.

Em um primeiro momento, a companhia poderá investir 800 milhões de dólares nos próximos três anos, permitindo uma alta de 5% na produção estimada de cobre para 2026, para entre 394.000 e 431.000 toneladas.

Já a produção estimada de níquel para 2026 poderá ser elevada em 10%, a 209.000 a 231.000 toneladas, caso os investimentos sejam realizados.

A mineradora também estimou 10% de redução dos custos estimados all-in para 2026 a partir dos investimentos, tanto para o cobre, para a faixa de 3.150-3.600 dólares por toneladas, quanto para o níquel, para 10.350-12.150 dólares por toneladas.

O custo all-in é a soma do custo caixa C1 (da mina ao porto) com frete, despesas, royalties e prêmios.

Após esses três anos, a companhia poderá investir os demais 2,5 bilhões de dólares, em iniciativas que visam ampliar a capacidade produtiva dos ativos atuais através de medidas de produtividade e baixo investimento.

Dentre os ganhos, a empresa acredita que a partir de 2028 será possível elevar em até 100 mil toneladas a capacidade de produção de cobre atualmente estimada para 2026, para 500 mil toneladas a partir de 2028, considerando ganhos de 60 mil em Salobo, 15 mil em Sossego e 25 mil no Canadá.

Além disso, poderá aumentar em até 40 mil toneladas de capacidade de produção de níquel na mesma comparação, sendo 25 mil em Sudbury e 15 mil em Voisey’s Bay e Long Harbour.

A companhia também afirmou ser possível reduzir em até 1 mil dólares/tonelada o custo-all in de cobre e em até 2 mil dólares/tonelada no all-in de níquel.

Dentre as medidas mapeadas, a mineradora poderá realizar melhorias na produtividade de equipamentos de mina e planta em Salobo, com potencial de aumento do minério processado a mais longo prazo, através do uso de tecnologia.

Também identificou a oportunidade de utilização máxima do moinho de Sudbury, no Canadá, considerado atualmente subutilizado, por meio de maior produção de minério das minas da região.

A venda de fatia da VBM no ano passado e a revisão dos ativos ocorre como resultado de iniciativa da Vale para aprimorar a gestão dos ativos de metais básicos para gerar mais valor, tendo em vista a demanda esperada por níquel e cobre para a produção de baterias, em meio aos avanços globais para a transição energética, com eletrificação.

(Por Marta Nogueira, no Rio de Janeiro, e Letícia Fucuchima, em São Paulo)

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