Por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O segundo trimestre de 2022 mostrou o reequilíbrio dos canais e o crescimento das receitas para a maioria das empresas de varejo listadas na bolsa. Essa é a visão que a XP (BVMF:XPBR31) compartilhada sobre o assunto, após uma análise mais apurada sobre os números divulgados nesta temporada de balanços.
O relatório assinado por Danniela Eiger, head de Varejo da XP, Thiago Suedt e Gustavo Senday, analistas de Varejo da XP, também destaca que o Varejo Físico continua ganhando participação, com os consumidores normalizando seus padrões de consumo entre as lojas físicas e o e-commerce.
Além disso, de uma forma geral, as varejistas tiveram uma melhora na rentabilidade, apesar de ainda estarem pressionadas. Os analistas da XP explicam que isso é resultado do repasse dos preços e do crescimento dos volumes.
A interpretação é que as empresas parecem ter uma dinâmica de rentabilidade construtiva e a maioria aponta para uma melhoria contínua nos próximos trimestres devido a mais aumentos de preços, desaceleração da inflação, mix de produtos e alavancagem operacional.
Por outro lado, os ventos favoráveis do primeiro semestre do ano, como antecipação do frio, reajuste de preço de remédios, Dia das Mães e Dia dos Namorados, não devem se repetir na metade final de 2022.
Olhando para o 2T22, a XP aponta que o varejo de alta renda e atacarejo foram novamente os destaques, enquanto a Natura (BVMF:NTCO3) e Alpargatas (BVMF:ALPA4) foram os destaques negativos. A corretora reitera o Grupo Soma (BVMF:SOMA3), Assaí (BVMF:ASAI3) e Grupo Mateus (BVMF:GMAT3) como os seus principais top picks.
Para o segundo semestre, a XP está cautelosamente otimista com o setor. Isso por causa da desaceleração da inflação e a proximidade do fim do ciclo de alta nos juros. O Auxílio Brasil também funcionará como uma alavanca positiva, assim como a Copa do Mundo e a estreia do 5G na telefonia.