DUBLIN (Reuters) - As companhias aéreas de baixo custo da Europa zombavam dos programas de milhas aéreas administrados por companhias nacionais considerando-os relíquias caras de uma era passada. Mas após assistirem boquiabertos enquanto as bases de dados de clientes eram avaliadas em bilhões de dólares, elas estão lutando para compensar o tempo perdido.
As duas maiores companhias aéreas de baixo custo da Europa, Ryanair e easyJet, engoliram o orgulho no ano passado e lançaram programas de fidelidade e ambas anunciaram investimentos significativos em análises de dados.
Seu objetivo é imitar varejistas como Amazon.com e Tesco (LON:TSCO) ao conduzir os lucros ao aproveitar os dados de suas vastas bases de clientes online para criar ofertas altamente personalizadas e adaptar serviços às preferências do cliente de maneira mais rápida.
"Isto transformou o varejo e vai transformar as empresas aéreas", disse Kenny Jacobs, ex-executivo da Tesco que está liderando a guinada digital da Ryanair como diretor de marketing.
A presidente-executiva da easyJet, Carolyn McCall, que nomeou no ano passado o primeiro chefe de ciências de dados da empresa para supervisionar uma equipe de 25 especialistas em análise de dados, descreveu dados como "incrivelmente importantes" para a companhia.
Ambas as empresas prometeram uma descrição detalhada de suas unidade de dados digitais e os retornos financeiros neste outono, no Hemisfério Norte.
(Por Conor Humphries; reportagem adicional por Victoria Bryan e Sarah Young)