Por Tarmo Virki e Supantha Mukherjee
HELSINQUE (Reuters) - A fabricante finlandesa de equipamentos de rede Nokia (HE:NOKIA) alertou sobre os desafios que virão neste ano, enquanto tenta alcançar os rivais após um forte final de 2020.
Enquanto Nokia e a rival Ericsson (ST:ERICa) conquistaram clientes 5G que poderiam ter ido para a Huawei, a Ericsson se saiu melhor, ganhando também grandes contratos de 5G na China, onde a implantação da rede 5G está em andamento.
"Ainda não fizemos um avanço no 5G (na China), mas é claro que não excluímos essa possibilidade no futuro", disse o novo presidente-executivo, Pekka Lundmark, à Reuters. "Mas queremos ser prudentes para não querer estar lá a qualquer preço".
A empresa relatou receita e lucro subjacente melhores do que o esperado na quinta-feira, mas prevê que a receita de 2021 cairá para entre 20,6-21,8 bilhões de euros, de 21,9 bilhões de euros em 2020. A Nokia disse que perdeu parte do contrato 5G da Verizon (NYSE:VZ) (SA:VERZ34) nos Estados Unidos para a Samsung (KS:005930).
Lundmark anunciou uma nova estratégia em outubro, segundo a qual a empresa terá quatro grupos de negócios e disse que a Nokia "fará o que for preciso" para assumir a liderança em 5G, já que aposta também em obter participação da Huawei.
A Nokia disse que o crescimento em suas vendas de equipamentos 5G no trimestre foi parcialmente compensado por quedas em seus produtos legados de acesso de rádio. A receita em seus principais negócios de redes caiu 7%, a 5 bilhões de euros.
A receita geral caiu 5%, para 6,57 bilhões de euros durante o trimestre, mas bateu um consenso de 6,42 bilhões de euros, mostraram dados da Refinitiv Eikon.
O lucro básico trimestral caiu para 0,14 euro por ação, ante 0,15 euro um ano atrás, batendo o consenso de 0,11 euro.
E emprea também registrou alta de cerca de 250 milhões de euros de itens extraordinários e vendas líquidas de 150 milhões no trimestre, montante antes esperado para 2021.
As ações da Nokia tiveram grandes oscilações nas últimas duas semanas, uma vez que foi alvo do frenesi nos negócios com ações da GameStop (NYSE:GME) e outras empresas de tecnologia.