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Por Michael Elkins
A fabricante chinesa de veículos elétricos Nio Inc (NYSE:NIO) afirmou que não cortará os preços dos seus modelos, em uma entrevista à CNBC.
"Não é do nosso interesse entrar nessa guerra de preços", declarou o CEO, William Li, para quem os produtos e serviços da Nio estão bem precificados.
Li afirmou que sua empresa irá focar em melhorar a prestação de serviços ao cliente, a expansão das estações de recarga e troca de baterias. A empresa possui uma tecnologia que substitui as baterias para que os motoristas não precisem esperar pela recarga.
Na semana passada, a Nio anunciou que, a partir de 1º de junho, novos clientes que fizerem depósitos para alguns de seus modelos poderão usar o serviço de troca de bateria gratuitamente quatro vezes por mês. Isso é menos do que as seis trocas gratuitas por mês oferecidas anteriormente.
A companhia revelou também que começaria a cobrar dos motoristas 380 iuanes (US$ 56) por mês para usar seu sistema de direção assistida, chamado Navigate on Pilot (NOP) Plus. O software era gratuito para testes.
Na China, os clientes têm priorizado cada vez mais veículos que ofereçam tecnologias de assistência à direção, estacionamento, mudança de faixas, entre outras funções.
A receita da Nio vem principalmente da China, onde as políticas governamentais têm ajudado a acelerar o crescimento das vendas de carros elétricos. Os veículos de nova energia alcançaram uma penetração de 34% nas vendas de carros de passageiros em março. Mais rápido do que a Nio esperava, disse Li.
"Teremos novos produtos chegando ao mercado, o que significa uma concorrência mais acirrada para nós", declarou. "Mas, para os usuários, o benefício será o aumento das opções".
Nos últimos dois anos, a Nio começou a entregar veículos em países europeus, como Noruega e Alemanha. No entanto, as tensões entre China e EUA se intensificaram, ao mesmo tempo em que as relações de Pequim com a Europa se tornaram menos brandas.
O desenvolvimento global sustentável requer bons produtos para usuários em todo o mundo, algo que não pode ser feito contando apenas com um país, disse Li.
"Apesar dos grandes desafios que enfrentamos em geopolítica, queremos continuar atendendo nossos clientes, aumentando o ritmo de investimentos e administrando bem os riscos operacionais", complementou.
Quando perguntado sobre o mercado dos EUA, Li declarou que a empresa estava seguindo com seus planos. "Mas sabemos que os desafios serão certamente maiores", concluiu
Os ADRs da NIO negociados em Nova York apresentavam queda de mais de 4% às 10h30 de Brasília.