WASHINGTON (Reuters) - O senador Ed Markey, que há muito tempo se interessa pela privacidade do consumidor, pediu nesta quinta-feira cautela nos esforços do governo de fazer parcerias com empresas de tecnologia para monitorar o coronavírus como forma de combater a doença.
Em uma carta a Michael Kratsios, chefe de tecnologia da Casa Branca, Markey citou uma reportagem do Washington Post que diz que o governo estava em contato com Amazon (NASDAQ:AMZN), Apple (NASDAQ:AAPL), Facebook, Google (NASDAQ:GOOGL), IBM (NYSE:IBM) e outras empresas de tecnologia para discutir o uso de dados de localização de smartphones como parte dos "esforços de modelagem" à medida que o vírus se espalha nos Estados Unidos.
"Precisamos garantir que a coleta e o processamento desse tipo de informação, mesmo que agregados e anônimos, não representem riscos de segurança e privacidade para os indivíduos", escreveu Markey.
Ele pediu ao governo que descrevesse como os dados seriam coletados, transformados em dados anônimos e armazenados, quem teria acesso a eles e quais empresas estavam envolvidas no esforço.
O Facebook disse em comunicado que não havia acordo para compartilhar dados de localização de indivíduos com o governo.
"Nos EUA, informamos ao Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) sobre o trabalho que fazemos com mapas de dados agregados e sem identificação com pesquisadores - que foram relatados anteriormente - e eles apoiaram o fato de fazermos mais", disse um porta-voz do Facebook. "Não recebemos solicitações de dados de localização do governo dos EUA".
A Apple disse em comunicado que não rastreia a localização dos usuários. A empresa observou que participou de reuniões da força-tarefa COVID-19 da Casa Branca, mas está focada nas áreas de tele-medicina e ensino a distância.
(Por Diane Bartz)