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PEQUIM (Reuters) - Os militares da China disseram nesta quarta-feira que monitoraram e "afastaram" um navio de guerra dos Estados Unidos que navegava perto do disputado Scarborough Shoal, no Mar do Sul da China, enquanto a Marinha dos EUA disse que sua ação estava de acordo com o direito internacional.
A primeira operação militar conhecida dos EUA em pelo menos seis anos dentro das águas do banco de areia ocorreu um dia depois que as Filipinas acusaram as embarcações chinesas de "manobras perigosas e interferência ilegal" durante uma missão de abastecimento ao redor do atol.
Em um comunicado, o Comando de Teatro do Sul do Exército chinês disse que o USS Higgins havia entrado nas águas "sem a aprovação do governo chinês" na quarta-feira.
"A ação dos EUA violou seriamente a soberania e a segurança da China, prejudicando gravemente a paz e a estabilidade no Mar do Sul da China", acrescentou, prometendo manter um "alerta máximo o tempo todo".
Em resposta, a Sétima Frota da Marinha dos EUA disse: "A declaração da China sobre essa missão é falsa", acrescentando que o Higgins havia "reivindicado direitos e liberdades de navegação" perto do Scarborough Shoal "de acordo com a lei internacional".
A operação refletiu o compromisso dos EUA de defender a liberdade de navegação e os usos legais do mar, disse a Sétima Frota à Reuters em uma declaração enviada por e-mail.
"Os Estados Unidos estão defendendo seu direito de voar, navegar e operar onde quer que a lei internacional permita, como o USS Higgins fez aqui. Nada que a China diga em contrário nos deterá."
A China reivindica quase todo o Mar do Sul da China, sobrepondo-se às zonas econômicas exclusivas de Brunei, Indonésia, Malásia, Filipinas e Vietnã. Há anos, disputas não resolvidas se agravaram em relação à propriedade de várias ilhas e localidades na região.
Os EUA realizam regularmente operações de "liberdade de navegação" no Mar do Sul da China, desafiando o que dizem ser restrições à passagem impostas pela China e por outros reclamantes.
O Scarborough Shoal tem sido uma das principais fontes de tensão no canal estratégico para mais de US$3 trilhões de comércio anual de navios.
As ações das embarcações chinesas no banco de areia nesta semana também resultaram em uma colisão de duas delas, disseram as Filipinas, a primeira conhecida na área.
Na quarta-feira, a guarda costeira das Filipinas disse que o objetivo das duas embarcações chinesas era "bloquear completamente" sua aproximação do Scarborough Shoal.
Na segunda-feira, a guarda costeira da China disse que havia tomado "medidas necessárias" para expulsar as embarcações filipinas das águas.
Em 2016, um tribunal arbitral internacional decidiu que não havia base no direito internacional para as reivindicações de Pequim, com base em seus mapas históricos. No entanto, a China não reconhece essa decisão.
(Reportagem da Redação Pequim e de Ben Blanchard, em Taipé; Reportagem adicional de Karen Lema, em Manila)