NOVA YORK (Reuters) - O fundador da Ozy Media, Carlos Watson, foi condenado nesta segunda-feira a quase 10 anos de prisão, após um júri o considerar culpado, no último mês de julho, de mentir para investidores sobre as finanças da startup agora extinta e sobre acordos falsos com o Google (NASDAQ:GOOGL) e Oprah Winfrey.
O juiz distrital Eric Komitee proferiu a sentença de 116 meses em uma audiência no tribunal federal do Brooklyn.
Promotores federais afirmaram que Watson e sua empresa de notícias e entretenimento sediada na Califórnia falsificaram informações sobre as finanças e o tamanho da audiência da Ozy, fabricaram contratos e inflaram projeções de lucros para cortejar investidores.
"Watson preferiu o engano à sinceridade, agarrando-se à ilusão do sucesso comercial e da aclamação pessoal a qualquer custo", disse Breon Peace, procurador dos EUA no Brooklyn, em comunicado.
Ex-âncora de notícias da TV a cabo e banqueiro de investimentos, Watson declarou-se inocente. O advogado de defesa disse aos jurados durante o julgamento que ele foi traído por vices que agiram por conta própria e o mantiveram no escuro sobre atos ilícitos.
Fundada em 2013, a Ozy implodiu em 2021 após reportagens questionarem seus números de audiência e revelarem que um alto executivo havia se passado por um executivo do YouTube durante uma ligação com banqueiros do Goldman Sachs (NYSE:GS), na qual ele alegou que o site de streaming havia concordado em pagar pelos direitos exclusivos de um programa da Ozy.
(Reportgem de Luc Cohen e Jack Queen em Nova York)