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AMSTERDÃ (Reuters) - O governo holandês descartou a possibilidade de reconhecer um Estado palestino, por ora, apesar da crescente preocupação pública com Gaza, mas disse que as ações de Israel no território devastado pela guerra estavam corroendo sua própria segurança.
A posição da Holanda contrasta com a de alguns aliados da Otan, principalmente a França, que afirmou que reconhecerá o Estado palestino em setembro. O Reino Unido anunciou que também o fará, a menos que Israel tome medidas para aliviar o sofrimento em Gaza -- onde a fome extrema se espalha -- e concorde com um cessar-fogo.
"A Holanda não está planejando reconhecer um Estado palestino neste momento", disse o ministro das Relações Exteriores da Holanda, Caspar Veldkamp, em um debate de emergência sobre Gaza com parlamentares chamados de volta das férias de verão.
Veldkamp também rejeitou apelos pela suspensão das importações de armas de Israel, dizendo que a Holanda prioriza as aquisições domésticas e da UE antes de adquirir de terceiros países.
O ministro afirmou, no entanto, que a Holanda já havia tomado "medidas significativas", incluindo a proibição de viagens de dois ministros israelenses, acrescentando que "essa guerra deixou de ser uma guerra justa e agora está levando à erosão da própria segurança e identidade de Israel".
Do lado de fora do prédio do Parlamento em Haia, cerca de 250 manifestantes pró-palestinos exigiram uma ação holandesa mais forte com cantos e faixas pedindo um cessar-fogo imediato e mais ajuda humanitária, segundo a mídia local.
(Reportagem de Charlotte Van Campenhout)