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Por Alexander Cornwell e Nidal al-Mughrabi e Charlotte Greenfield
JERUSALÉM/CAIRO (Reuters) - O gabinete político e de segurança de Israel aprovou um plano no início da sexta-feira para assumir o controle da Cidade de Gaza, uma medida que expande as operações militares, apesar da intensificação das críticas no país e no exterior sobre a devastadora guerra de quase dois anos.
Os aliados de extrema-direita da coalizão do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu têm pressionado pela tomada total de Gaza como parte de sua promessa de erradicar os militantes do Hamas, embora os militares tenham alertado que isso poderia colocar em risco a vida dos reféns restantes.
A decisão foi tomada depois de várias tentativas fracassadas de mediar um cessar-fogo e em meio a um crescente clamor internacional diante das imagens de crianças palestinas famintas, destacando um desastre humanitário cada vez mais profundo no enclave destruído.
"As Forças de Defesa de Israel se prepararão para assumir o controle da Cidade de Gaza enquanto fornecem ajuda humanitária à população civil fora das zonas de combate", disse o gabinete de Netanyahu em um comunicado.
Embora Netanyahu tenha dito na quinta-feira que Israel pretendia assumir o controle militar de toda a Faixa de Gaza, o plano aprovado na sexta-feira concentrou-se especificamente na extensa Cidade de Gaza, o maior centro urbano do território, localizado ao norte.
O repórter Barak Ravid, do Axios, citando uma autoridade israelense, disse no X que o plano envolve a retirada de civis palestinos da Cidade de Gaza e o lançamento de uma ofensiva terrestre no local.
Perguntado se Israel, cujas forças dizem que já detêm cerca de 75% da estreita faixa costeira, ocuparia toda ela, Netanyahu afirmou a Bill Hemmer, do Fox News Channel, em uma entrevista na quinta-feira: "Pretendemos fazê-lo".
Mas ele disse que Israel quer entregar o território para que as forças árabes o governem. Ele não entrou em detalhes sobre os arranjos de governança ou quais países árabes poderiam estar envolvidos.
"Não queremos ficar com ele. Queremos ter um perímetro de segurança. Não queremos governá-lo. Não queremos estar lá como um órgão governamental", declarou ele.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, disse que a decisão de Israel de tomar a Cidade de Gaza é errada e pediu que o país reconsidere.
"Essa ação não fará nada para pôr fim a esse conflito ou para ajudar a garantir a libertação dos reféns. Ela só trará mais derramamento de sangue", afirmou.
A Austrália pediu a Israel que "não siga esse caminho".
Autoridades israelenses descreveram como tensa uma reunião anterior realizada esta semana com o chefe das Forças Armadas, dizendo que o chefe militar, Eyal Zamir, se opôs à expansão da campanha de Israel, que deslocou quase todos os 2,2 milhões de habitantes de Gaza.
Netanyahu, que afirmou que a guerra não terá fim até que o Hamas seja completamente destruído, tem sido pressionado pelos israelenses a fazer o que for preciso para levar para casa os reféns mantidos pelo Hamas em Gaza, embora muitos queiram que a guerra termine.
"Bem, basicamente, acho que é uma sentença de morte para todos os reféns que ainda estão sendo mantidos lá. E é a decisão errada a ser tomada neste momento", disse Danny Bukovsky, um hoteleiro de Tel Aviv.
Entre os cenários considerados antes da reunião de segurança estava uma tomada gradual das áreas de Gaza que ainda não estão sob controle militar, disse uma fonte do governo, falando sob condição de anonimato.