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Por Jana Choukeir e Ahmed Elimam
BEIRUTE (Reuters) - Nenhum grupo no Líbano tem permissão para portar armas ou contar com o apoio estrangeiro, disse o presidente do país a uma autoridade iraniana de alto escalão em visita na quarta-feira, depois que o gabinete aprovou as metas de um roteiro apoiado pelos EUA para desarmar o grupo Hezbollah, alinhado ao Irã.
Durante uma reunião em Beirute com Ali Larijani, secretário do principal órgão de segurança do Irã, Joseph Aoun advertiu contra a interferência estrangeira nos assuntos internos do Líbano, dizendo que o país está aberto à cooperação com o Irã, mas somente dentro dos limites da soberania nacional e do respeito mútuo.
Larijani disse que a República Islâmica apoia a soberania do Líbano e não interfere em suas decisões.
"Qualquer decisão tomada pelo governo libanês em consulta com a resistência é respeitada por nós", afirmou ele após conversas separadas com o presidente do Parlamento, Nabih Berri, cujo movimento Amal é um aliado do Hezbollah.
Por "resistência", Larijani estava se referindo ao Hezbollah, grupo militante muçulmano xiita, fundado em 1982, que se transformou em uma força de "estado dentro de um estado", mais bem armado do que o Exército libanês e que tem lutado repetidamente contra Israel ao longo das décadas.
"O Irã não trouxe nenhum plano para o Líbano, foram os EUA. Aqueles que intervêm nos assuntos libaneses são aqueles que ditam planos e prazos", afirmou Larijani.
Ele disse que o Líbano não deve "misturar seus inimigos com seus amigos -- seu inimigo é Israel, seu amigo é a resistência".
"Recomendo ao Líbano que sempre aprecie o valor da resistência."
Os EUA apresentaram um plano por meio do enviado do presidente Donald Trump para a região, Tom Barrack, estabelecendo as etapas mais detalhadas até o momento para desarmar o Hezbollah, que rejeitou os crescentes pedidos de desarmamento desde sua guerra devastadora com Israel no ano passado.
O Hezbollah rejeitou repetidos apelos para abandonar seu armamento, embora tenha sido seriamente enfraquecido na guerra, com Israel matando a maior parte de sua liderança em ataques aéreos e bombardeios.
(Reportagem de Jana Choukeir em Beirute e Ahmed Elimam em Dubai)