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VARSÓVIA (Reuters) - O primeiro-ministro polonês, Donald Tusk, disse nesta terça-feira que a Rússia tenta provocar uma divisão entre a Polônia e a Ucrânia antes de negociações de paz, em meio a um protesto contra um espectador que agitou uma bandeira nacionalista ucraniana em um show em Varsóvia.
A Polônia tem sido uma das maiores apoiadoras da Ucrânia desde que a Rússia invadiu o país em 2022, mas alguns poloneses se cansaram de cuidar dos refugiados. Ao mesmo tempo, as tensões históricas entre as nações em relação aos massacres da Segunda Guerra Mundial ocasionalmente vêm à tona, enfraquecendo laços e impulsionando a extrema direita polonesa.
Muitos poloneses ficaram irritados com imagens compartilhadas nas mídias sociais que mostravam um ucraniano na plateia de um show no Estádio Nacional no sábado, agitando a bandeira vermelha e preta do Exército Insurgente Ucraniano --um grupo nacionalista que, segundo Varsóvia, esteve envolvido nos massacres de poloneses na região da Volínia entre 1943 e 1945.
Mais tarde, o ucraniano pediu desculpas por suas ações em um vídeo também compartilhado nas mídias sociais, dizendo que sua intenção era apenas demonstrar apoio ao seu país.
Tusk disse em uma reunião do governo que poloneses e ucranianos não devem se deixar dividir antes de uma cúpula crucial entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e seu colega russo, Vladimir Putin, na sexta-feira no Alasca.
"É realmente fundamental, do ponto de vista da segurança polonesa, que Putin não receba presentes antes dessas conversações, e um presente para Putin seria, sem dúvida, um conflito entre ucranianos e poloneses", disse Tusk. "Esse é precisamente o... objetivo dos agentes russos e das ações da Rússia na Polônia."
A embaixada russa em Varsóvia disse que acreditava ser desnecessário comentar a declaração de Tusk.
Os líderes europeus, incluindo Tusk e o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy, planejam falar com Trump na quarta-feira antes de sua cúpula com Putin, em meio a temores de que Washington --até aqui o principal fornecedor de armas da Ucrânia-- possa ditar termos de paz desfavoráveis a Kiev.
(Reportagem de Alan Charlish)
((Tradução Redação São Paulo))
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