CENÁRIO MACROECONÔMICO
A decisão do COPOM foi exatamente dentro das expectativas dos analistas, com foco principal na crise política que adiou um corte mais profundo de juros e nas perspectivas futuras de continuidade dos cortes da faixa atual de 100 bp.
Os juros estruturais, aqueles que independem dos aspectos econômicos, como a votação da questão fiscal foram novamente colocados em pauta e sem os avanços congressuais, um corte de 75 bp se coloca como a maior possibilidade, ainda em vista aos avanços macroeconômicos.
Neste sentido, o PIB hoje tende a dar um primeiro insípido sinal de recuperação da economia em meio ao caos dos últimos 3 anos, com consequência em partes dos ajustes até este momento promovido.
Estamos ainda totalmente inseridos no contexto de recessão (necessitam-se 3 resultados consecutivos de PIB para se confirmar uma tendência), portanto mesmo que o governo cante vitória, ela continua inócua em vista aos problemas contínuos.
CENÁRIO POLÍTICO
A operação Lava-Jato se estende agora aos desvios das merendas escolares no Rio de Janeiro na operação Ratatouille e mais um desmembramento com a operação Cifra Oculta, a qual apura crimes eleitorais na campanha municipal de São Paulo em 2012.
Os “Spin-Offs” da operação demonstram que, apesar da redução de verbas e pessoal, as consequências da Lava Jato abrem espaço para avanços ainda mais significativos, mantendo a “original” num espectro maior.
Mesmo assim, os desdobramentos da questão política continuam a pesar negativamente no Brasil, como observado na cautela do Banco Central ao cortar os juros ontem e indicar um contexto mais conservador daqui em diante.
Mantida tal instabilidade, os poucos e frágeis avanços macroeconômicos tendem a se esvair em breve.
CENÁRIO DE MERCADO
A derrocada das commodities ontem teve forte influência nos mercados, porém parte já reverte os resultados de ontem. A abertura na Europa é de alta na sua maioria, atenta ao BCE e discussões possíveis de tappering na próxima semana.
A mesma tendência é observada nos futuros das bolsas em NY, na expectativa da declaração de Trump sobre o acordo climático de Paris.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas desde a abertura, enquanto os Treasuries operam com rendimento em alta.
Entre as commodities metálicas, a queda é generalizada, mesmo com a proximidade do ouro da maior alta em 5 semanas. O petróleo opera em queda em NY e Londres, com a elevação dos estoques americanos da commodity e dúvidas sobre o acordo climático.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,227 / -0,96 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / -0,169%
Dólar / Yen : ¥ 111,17 / 0,352%
Libra / Dólar : US$ 1,29 / -0,287%
Dólar Fut. (1 m) : 3261,05 / -0,74 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,25 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,30 % aa (-0,64%)
DI - Janeiro 21: 10,30 % aa (-1,15%)
DI - Janeiro 25: 10,96 % aa (-0,81%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,96% / 62.711 pontos
Dow Jones: -0,10% / 21.009 pontos
Nasdaq: -0,08% / 6.199 pontos
Nikkei: 1,07% / 19.860 pontos
Hang Seng: 0,58% / 25.809 pontos
ASX 200: 0,24% / 5.738 pontos
ABERTURA
DAX: 0,157% / 12634,86 pontos
CAC 40: 0,531% / 5311,69 pontos
FTSE: 0,419% / 7551,48 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 62921,00 pontos
S&P Fut.: 0,083% / 2413,10 pontos
Nasdaq Fut.: 0,138% / 5801,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,11% / 82,78 ptos
Petróleo WTI: 0,10% / $48,37
Petróleo Brent:-0,24% / $50,64
Ouro: -0,28% / $1.265,42
Minério de Ferro: -4,87% / $55,03
Soja: -0,14% / $17,51
Milho: 0,27% / $373,25
Café: -0,43% / $128,95
Açúcar: -0,07% / $14,90