Diferente do que acontecia no passado, onde a busca por segurança dos investidores em momentos de adversidade eram os seguros títulos do tesouro americano, europeu ou japonês, agora o investidor olha mercados de melhor rentabilidade para criar suas escolhas, incluindo mercados ditos arriscados.
Foi-se o tempo em que o determinante da escolha de um investimento era quase que exclusivamente focado nas agências de classificação de risco e seus ratings e alçar ao grau de investimento criava um fluxo enorme de recursos ao país.
Não que isso não aconteça hoje em dia, porém, em meio a 10 anos de liquidez ininterrupta e ganhos acima das médias históricas do mercado financeiro a partir de 2009, a demanda por rendimentos mais robustos cresceu e os critérios de avaliação de risco se tornaram menos rígidos.
Com isso, chegamos ao atual cenário, onde o possível fim do ciclo de aperto monetário nas economias centrais, seguido de um processo recessivo elevou a demanda por países emergentes, estes impulsionados pela renovação de um ciclo de commodities, em consequência da reabertura da China.
Ainda que a demanda por commodities neste processo possa levar a uma maior pressão de preços, a melhora da oferta de industrializados compensaria em partes tais pressões do atacado.
Tal cenário, preconizamos desde o ano passado e a possibilidade de se beneficiar o Brasil, mesmo em detrimento às economias de países desenvolvidos, é grande e não pode ser desprezada e nisso tem se pautado o mercado financeiro local.
O ruido criado pelo governo é o fator de incremento da volatilidade que observados em ativos como câmbio, juros e a própria bolsa de valores, os quais reagem positivamente a momentos de “silêncio”, semelhante ao que ocorreu em diversas ocasiões do mandato anterior.
Com atenção, portanto, a este cenário, o foco no PIB americano e dados de atividade econômica, incluindo o mercado de trabalho é de suma importância, pois um contexto de recessão se traduz, neste momento, como benefício aos emergentes.
Para o Brasil, as atenções se voltam aos dados do setor externo e ao fechamento do ano de 2022, o qual deve registrar um fluxo bastante robusto de IED (Investimento Externo Direto), mais do que suficiente para financiar o déficit de conta corrente.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com foco nos balanços corporativos e em uma agenda macroeconômica forte.
Em Ásia-Pacífico, mercados sem rumo, com queda no Nikkei, apesar da inflação ao atacado abaixo das expectativas.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam no positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, destaque de alta ao cobre e minério de ferro.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com o crescimento mais fraco dos estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,89%.
INDICADORES
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0768 / -1,28 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / -0,165%
Dólar / Yen : ¥ 129,89 / 0,224%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / -0,145%
Dólar Fut. (1 m) : 5080,85 / -1,51 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,48 % aa (-0,41%)
DI - Janeiro 25: 12,65 % aa (-0,81%)
DI - Janeiro 26: 12,57 % aa (-1,16%)
DI - Janeiro 27: 12,64 % aa (-1,26%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,0988% / 114.270 pontos
Dow Jones: 0,0293% / 33.744 pontos
Nasdaq: -0,1845% / 11.313 pontos
Nikkei: -0,12% / 27.363 pontos
Hang Seng: 2,37% / 22.567 pontos
ASX 200: -0,30% / 7.468 pontos
ABERTURA
DAX: 0,128% / 15100,99 pontos
CAC 40: 0,577% / 7084,50 pontos
FTSE: 0,151% / 7756,55 pontos
Ibov. Fut.: 1,04% / 115089,00 pontos
S&P Fut.: 0,16% / 4038,25 pontos
Nasdaq Fut.: 0,448% / 11926,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,11% / 111,62 ptos
Petróleo WTI: 0,89% / $80,86
Petróleo Brent: 0,81% / $86,82
Ouro: -0,45% / $1.937,51
Minério de Ferro: 0,60% / $125,65
Soja: 0,13% / $1.504,50
Milho: 0,11% / $675,50
Café: 1,11% / $164,25
Açúcar: 1,04% / $20,32