Muito se discutia sobre o teor da reforma da previdência sob a égide do novo governo, principalmente após as recentes declarações de Bolsonaro sobre a idade mínima e outros temas.
Ainda houvesse razoabilidade na fala do presidente do ponto de vista político, isso não passou pela mente da equipe econômica, que pretende usar o bônus eleitoral da recente vitória e a nova composição do congresso para tentar passar a versão mais robusta.
Com as idades mínimas mais dentro do ideal (62 anos mulheres e 65 anos homens) e um ciclo mais curto de transição, esta seria a melhor reforma em diversos aspectos, pois dá no mínimo um alívio de curto prazo na questão fiscal, ao menos 4 anos e com a nova regra de capitalização, abre um espaço de no mínimo uma década para a rediscussão do tema.
Obviamente, a resistência ao tema será maior, porém como é de praxe no Brasil, enviar matérias ao congresso é um processo intenso de discussões e barganhas, portanto enviar algo ‘enxuto’ poderia fazer com que a reforma final fique extremamente desidratada, basta observarmos o exemplo da tentativa de Temer na questão.
O foco na questão congressual ainda é grande, dados os mais recentes indicadores econômicos com inflação baixa e atividade econômica sem tração, mostrando que a importância das reformas para a melhora do panorama econômico é indubitável.
No exterior, a guerra comercial começa a ganhar novos contornos, com o vice premie chinês envolvido nas negociações, todavia, Robert Lightzer, representante do governo americano para o comércio quer ‘aproveitar’ parte do recuo chinês para tentar avançar em demandas dos EUA, ou seja, podemos observar um novo revés negativo no tema.
Atenção hoje à ata da última reunião do FOMC.
CENÁRIO POLÍTICO
A saída do Brasil da proposta da ONU sobre imigração é um novo capítulo no que poderá ser a política externa brasileira para os próximos anos, se opondo a diversos pontos iniciados na organização global.
Ainda que soe extrema a saída, ao citar a soberania do país sobre o tema, o governo não altera as disposições vigentes até este momento sobre imigração, porém rejeita uma proposta, que segundo o Brasil, não condiz com as realidades regionais.
Teremos certamente muito mais sobre o tema nos próximos anos.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com avanços nas negociações China/EUA.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, também na expectativa da guerra comercial.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com exceção do ouro. O petróleo abre em alta, com expectativa de crescimento.
O índice VIX de volatilidade abre em queda de 0,6%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,7137 / -0,53 %
Euro / Dólar : US$ 1,15 / 0,184%
Dólar / Yen : ¥ 108,91 / 0,147%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,259%
Dólar Fut. (1 m) : 3720,04 / -0,35 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 20: 6,58 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 7,37 % aa (-0,41%)
DI - Janeiro 22: 8,01 % aa (-0,74%)
DI - Janeiro 25: 8,94 % aa (-0,67%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,36% / 92.032 pontos
Dow Jones: 1,09% / 23.787 pontos
Nasdaq: 1,08% / 6.897 pontos
Nikkei: 1,10% / 20.427 pontos
Hang Seng: 2,27% / 26.462 pontos
ASX 200: 0,98% / 5.778 pontos
ABERTURA
DAX: 1,050% / 10917,45 pontos
CAC 40: 1,147% / 4828,03 pontos
FTSE: 0,925% / 6925,06 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 92654,00 pontos
S&P Fut.: 0,470% / 2584,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,465% / 6587,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,81% / 79,54 ptos
Petróleo WTI: 2,13% / $50,84
Petróleo Brent:1,79% / $59,77
Ouro: -0,31% / $1.281,41
Minério de Ferro: 0,08% / $74,21
Soja: -0,66% / $16,57
Milho: 0,53% / $382,00
Café: 0,57% / $105,65
Açúcar: -0,16% / $12,75