Contrariando algumas premissas ventiladas no mercado na semana anterior, após a divulgação do erro de cálculo de fluxo de estrangeiros da B3 (SA:B3SA3), o fechamento de ontem dá um breve norte da realidade dos fatos, e do fluxo.
O fechamento de março contou com um adicional de alguns bilhões de dólares de saída dos estrangeiros da B3 e demonstrou aquilo que muito se sabe entre os investidores, de que tal saída não significa que ocorreu do país e sim de alguns mercados específicos.
Mais um dia de queda do dólar demonstra não somente a presença ainda constante do investidor estrangeiro, mas também denotaria o retorno do capital estacionado no exterior provindo do câmbio contratado por exportadores, em meio à valorização do Real frente ao dólar e juros atraentes.
Portanto, o fluxo continua soberano no mercado, seja ele do “gringo” ou do local, como demonstram os mais recentes indicadores, agora mais difíceis de serem analisados, com a greve do Banco Central.
Mercados estão cautelosos nesta terça-feira, com os investidores globais buscando um catalisador, de olho no conflito Ucrânia-Rússia e nos indicadores econômicos focados na série de PMIs e ISMs que se estendem até à noite, com dados do Caixin na China.
As perspectivas para as políticas dos bancos centrais em todo o mundo em face do aumento da inflação também chamam a atenção dos investidores, como no caso europeu, onde a inflação ao atacado pode amanhã superar os 30% e continuar a escalada de recordes históricos.
No caso europeu, ainda é enorme a resistência na retirada dos estímulos que inundam a base monetária e a manutenção de juros no terreno negativo tem o apoio de diversos membros do BCE, inclusive sua presidente, LaGarde.
Por fim, os investidores observam o rumo que toma a invasão russa à Ucrânia e acima da tudo, como isso reforça a perspectiva de que o fim do conflito não significaria a retirada das sanções contra a Rússia.
A guerra de informações continua e enquanto a Rússia acusa a Ucrânia de fabricar situações, a imprensa internacional em muitos casos demonstra que os casos de assassinatos em massa são reais em diversas localidades, dificultando uma transição suave no que será o pretenso processo de paz, quando e se ocorrer.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, após um dia de altas provocadas pelas techs.
Em Ásia-Pacífico, mercados em alta, observando também os juros mantidos na Austrália.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao cobre e minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com a possível entrada de novas sanções contra a Rússia.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 3,66%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,5941 / -1,40 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / -0,046%
Dólar / Yen : ¥ 122,93 / 0,114%
Libra / Dólar : US$ 1,31 / 0,130%
Dólar Fut. (1 m) : 4646,63 / -1,14 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 12,62 % aa (-0,83%)
DI - Janeiro 24: 11,83 % aa (-0,13%)
DI - Janeiro 26: 10,89 % aa (-0,91%)
DI - Janeiro 27: 10,86 % aa (-1,14%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,2391% / 121.280 pontos
Dow Jones: 0,2976% / 34.922 pontos
Nasdaq: 1,9006% / 14.533 pontos
Nikkei: 0,19% / 27.788 pontos
Hang Seng: 2,10% / 22.502 pontos
ASX 200: 0,19% / 7.528 pontos
ABERTURA
DAX: -0,638% / 14425,55 pontos
CAC 40: -1,502% / 6630,27 pontos
FTSE: -0,244% / 7540,19 pontos
Ibov. Fut.: -0,31% / 121572,00 pontos
S&P Fut.: -0,28% / 4564,75 pontos
Nasdaq Fut.: -0,277% / 15117,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,91% / 126,71 ptos
Petróleo WTI: 1,30% / $104,62
Petróleo Brent: 0,47% / $108,04
Ouro: -0,26% / $1.927,89
Minério de Ferro: 0,80% / $161,84
Soja: 1,00% / $1.618,00
Milho: 0,97% / $757,75
Café: -0,48% / $229,50
Açúcar: 0,66% / $19,74