O desenho do Mercado continua totalmente inserido na crise instalada desde a divulgação do coronavírus e seu alastramento pelo Ocidente.
O padrão de comportamento dos mercados continua a tipificar uma crise de confiança, com rompantes entre circuit breaks de baixa e de alta, como das bolsas americanas nesta manhã.
O mercado acionário global está impulsionado pela promessa do Fed da execução de um programa aberto de compra de ativos "nos montantes necessários para apoiar o bom funcionamento do mercado e a transmissão efetiva da política monetária para condições financeiras e econômicas mais amplas" em meio ao surto global de Coronavírus.
Ou seja, mais um estímulo monetário nos montantes semelhantes ou superiores àqueles endereçados durante a crise das hipotecas em 2008/2009.
Localmente, junto à ata, o BC divulgou medidas que podem alcançar R$ 1,2 tri, incluindo o retorno do DPGE, redução do compulsório e outras medidas, além da abertura 'na fresta' de outro corte da Selic.
O maior problema continua a ser a leniência da autoridade monetária com o câmbio, as quais não contam tanto com o efeito inflacionário, de custos, como também nos índices de confiança.
Enquanto isso, na Itália, o epicentro europeu da pandemia de Coronavírus experimentou um aumento diário menor no número de novos casos confirmados pelo segundo dia consecutivo na segunda-feira, melhorando o humor dos agentes.
Eis que começam a se desenhar padrões de comportamento do vírus e reações aos shutdowns, os quais ao seguir tais tendências, pode ter uma menor extensão, em vista às medidas preventivas globais.
A tendência de aumento nos EUA e consequentemente na América Latina parece seguir o padrão de infecção por tempo.
Ou seja, a observação destes ainda aparente padrões pode nos dar a noção de curto prazo do quão efetivas podem ser as medidas de contenção aos sistemas de saúde, mas principalmente, quando será possível mensurar os efeitos macroeconômicos deste evento de proporções ainda desconhecidas.
O uso político em nível global dos atuais eventos tem alimentado a perspectiva de recessão ao não se permitirem alternativas racionais aos shutdowns, como ocorridos em Portugal ou em diversos países asiáticos, daí a necessidade em se mensurar o impacto de tais eventos na atividade econômica.
A agenda reserva hoje dados de varejo no Brasil, pré-corona e diversos PMI nos EUA, além dos já divulgados no Japão, Alemanha, Zona do Euro e Reino Unido, com gratas surpresas em manufaturas nos dados europeus.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, a série de estímulos anunciados pelo Fed.
Na Ásia, fechamento em alta, também na perspectiva de maiores estímulos monetários.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao paládio.
O petróleo abre em alta, com o cenário de atividade desafiador.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -9,82%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1416 / 1,55 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 1,137%
Dólar / Yen : ¥ 110,48 / -0,530%
Libra / Dólar : US$ 1,17 / 1,395%
Dólar Fut. (1 m) : 5133,60 / 2,25 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 5,59 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 7,26 % aa (4,91%)
DI - Janeiro 25: 8,71 % aa (5,58%)
DI - Janeiro 27: 9,48 % aa (6,52%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -5,2182% / 63.570 pontos
Dow Jones: -3,0356% / 18.592 pontos
Nasdaq: -0,2739% / 6.861 pontos
Nikkei: 7,13% / 18.092 pontos
Hang Seng: 4,46% / 22.663 pontos
ASX 200: 4,17% / 4.736 pontos
ABERTURA
DAX: 6,513% / 9310,50 pontos
CAC 40: 4,998% / 4109,96 pontos
FTSE: 4,262% / 5206,71 pontos
Ibov. Fut.: -5,83% / 63099,00 pontos
S&P Fut.: 4,859% / 2328,30 pontos
Nasdaq Fut.: 5,369% / 7359,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 2,43% / 63,51 ptos
Petróleo WTI: 6,89% / $25,10
Petróleo Brent: 5,33% / $28,38
Ouro: 2,27% / $1.592,08
Minério de Ferro: -1,14% / $88,55
Soja: -0,51% / $877,50
Milho: -0,15% / $343,25 $343,25
Café: 1,07% / $122,75
Açúcar: 4,35% / $11,50