O PIB acima das expectativas, com crescimento em setores como indústria e agricultura, em especial uma forte alta na formação bruta de capital fixo renovou o ânimo do mercado local, descolado da volatilidade no exterior.
A atividade econômica já dava sinais de que surpreenderia no primeiro trimestre, porém as inevitáveis revisões do ano, em vista ao peso dos resultados de ontem tendem a se unir aos dois meses do segundo trimestre que já demonstraram melhora de uma série de indicadores.
Hoje a produção industrial, ainda que projete uma queda marginal, é substancialmente inferior ao ocorrido em março e as vendas de maio, em especial do dia das mães pode se converter em resultados positivos para o varejo.
O contexto alimenta perspectivas positivas para o futuro próximo, com possíveis consequências para a política monetária e seu aperto, todavia depende necessariamente de avanços em termos de vacina no Brasil.
Os estoques de vacina cresceram, porém a vacinação perdeu ímpeto recentemente e precisa ganhar corpo para cumprir o seu papel de avançar com as reaberturas econômicas e alimentar o processo de recuperação da atividade.
Em nível global, o ritmo de recuperação não mudou substancialmente e continua nos padrões observados até recentemente, onde há um descompasso com o que acontece nos EUA e Europa, devido ao forte avanço americano da imunização.
Países emergentes também continuam com resultados desiguais, onde inclusive o Peru revisou em mais de 300% no número de mortos pela pandemia, enquanto outros registram resultados modestamente melhores.
A mudança vem da Ásia e temores de avanço da cepa indiana, o que levou a China a acelerar fortemente o processo de vacinação, com 20 milhões de pessoas vacinadas somente na terça-feira da semana anterior, elevando o número para 603 milhões de vacinados.
Portanto, independentemente de programas econômicos ou estímulos, o foco daqui em diante, tanto para o Brasil, quanto o restante do mundo é no processo acelerado de imunização, de forma a abreviar as restrições de locomoção.
Isso em si já é o suficiente para alterar projeções de crescimento econômico para cima e caso o Brasil tenha condições de seguir tal linha, colherá o bônus.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, após um começo de junho “de lado”.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na maioria, com a economia australiana também retornando a níveis pré-pandêmicos.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceção ao minério de ferro.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com a chegada do verão.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 0,34%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,1512 / -1,30 %
EUR/USD : US$ 1,22 / -0,319%
Dólar / Iene : ¥ 109,84 / 0,329%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / -0,099%
Dólar Futuro (1 m) : 5171,11 / -1,21 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,12 % aa (2,68%)
DI - Janeiro 23: 6,75 % aa (1,05%)
DI - Janeiro 25: 7,92 % aa (0,51%)
DI - Janeiro 27: 8,44 % aa (-0,35%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,6253% / 128.267 pontos
Dow Jones: 0,1328% / 34.575 pontos
Nasdaq: -0,0892% / 13.736 pontos
Nikkei: 0,46% / 28.946 pontos
Hang Seng: -0,58% / 29.298 pontos
ASX 200: 1,05% / 7.218 pontos
ABERTURA
DAX: 0,189% / 15596,83 pontos
CAC 40: 0,287% / 6508,01 pontos
FTSE 100: -0,055% / 7076,57 pontos
Ibovespa Futuros: 1,73% / 128434,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,043% / 4196,80 pontos
Nasdaq 100 Futuros: -0,057% / 13640,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,43% / 94,55 ptos
Petróleo WTI: 0,92% / $68,34
Petróleo Brent: 1,30% / $71,18
Ouro: -0,19% / $1.896,86
Minério de ferro: 0,34% / $204,90
Soja: 0,73% / $1.560,25
Milho: 0,18% / $690,00
Café: 1,92% / $164,15
Açúcar: 0,73% / $17,82