Um mercado volátil, confuso e com declarações no meio do pregão da maior empresa listada no índice, a Petrobras (SA:PETR4)
A declaração do ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, sobre o que fazer para reduzir o preço do combustível na ponta, também durante o pregão trouxe apreensão aos investidores de possível intervenção na política de preços da empresa, o que foi rechaçado num breve comunicado de Luna e Silva.
Ambos os eventos contrariam tudo que se pode imaginar de política de comunicação relacionado à uma empresa de capital aberto, onde o governo é o acionista majoritário e, portanto, tem peso equivalente no mercado, em resumo, tudo errado.
No exterior, as ações da China Evergrande Group (HK:3333) (OTC:EGRNY) ganharam força na sessão de ontem, mesmo sem a empresa se pronunciar sobre o pagamento vencido no dia 23 de setembro de US$ 83 bi e mais estranho, a empresa continuou a subir na sessão de hoje.
Localmente, o foco se volta à ata da última reunião do Copom e a leitura da mensagem do Banco Central quanto à perspectiva dos juros futuros, onde a autoridade monetária rechaçou a possibilidade de apertos mais fortes, mesmo em face à forte inflação vigente.
Assim como nos EUA, o BC local observa tanto o caráter dito temporário das pressões de preços, o que tem surpreendido o mundo todo, como por aqui, observa-se a eficácia da adoção do forte aperto monetário até agora.
Daí reside um grande problema, pois ainda que a oferta de petróleo não esteja fraca, há temores de que a commodity possa novamente atingir US$ 90 o barril em Londres.
Na Europa, há alarmes com o inverno e a possível disparada de preços do gás, em especial se o mesmo for rigoroso como preveem os institutos de meteorologia.
Estes são mesmos institutos que preveem o retorno das chuvas no Brasil a partir deste mês, o que já está acontecendo no sul do país.
O problema de falta de carvão na China persiste e sem solução de curto prazo, o que leva a revisões do PIB, que pode ser piorado com o petróleo em alta.
Deste modo, a série de notícias negativas começa a se acumular no mercado e pode levar a cada vez mais posições globais defensivas.
Ou seja, a única ‘certeza’ no final é que a inflação persiste firme e forte.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, queda em empresas de tecnologia e puxada nos yields dos Treasuries nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados negativos, com corte das projeções do PIB chinês e petróleo acima de US$ 80 em Londres.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, com a alta persistente do dólar.
O petróleo abre na sexta alta em Londres e Nova York, ainda pela restrição de oferta.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 14,39%.
Câmbio
Dólar à vista : R$ 5,3911 / 1,04 %
Euro / Dólar : US$ 1,17 / -0,120%
Dólar / Iene: ¥ 111,33 / 0,306%
Libra / Dólar : US$ 1,36 / -0,540%
Dólar Futuros. (1 m) : 5386,10 / 0,81 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 8,56 % aa (1,60%)
DI - Janeiro 23: 9,04 % aa (0,89%)
DI - Janeiro 25: 10,16 % aa (1,09%)
DI - Janeiro 27: 10,56 % aa (1,05%)
Bolsas de valores
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,2651% / 113.583 pontos
Dow Jones: 0,2051% / 34.869 pontos
Nasdaq: -0,5166% / 14.970 pontos
Nikkei: -0,19% / 30.184 pontos
Hang Seng: 1,20% / 24.500 pontos
ASX 200: -1,47% / 7.276 pontos
ABERTURA
DAX: -1,268% / 15376,35 pontos
CAC 40: -1,881% / 6525,82 pontos
FTSE 100: -0,600% / 7021,00 pontos
Ibovespa Futuros: 0,13% / 113665,00 pontos
S&P 500 Futuros: -1,73%/ 4375,10 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: -1,729% / 14931,75 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: 0,82% / 101,66 ptos
Petróleo WTI: 1,06% / $76,26
Petróleo Brent: 0,82% / $80,17
Ouro: -0,63% / $1.739,40
Minério de Ferro: -2,72% / $120,23
Soja: -0,35% / $1.283,00
Milho: -0,19% / $538,50
Café: 0,13% / $193,90
Açúcar: -0,53% / $18,62