Um IPCA-15 mais forte, surpreendendo no avanço do núcleo, porém mais importante, capturando aumentos inesperados de energia elétrica residencial (já deveriam ter se dissipado) e a forte elevação do preço de passagens aéreas.
Era esperado uma pequena contração do atual índice de preços, em vista a, ao menos, uma redução do impacto de habitação, todavia não foi o que aconteceu e tal surpresa, com o resultado muito acima do topo de todas as projeções do mercado disparou o modo pânico no mercado, ao ponto das projeções para a Selic hoje subirem até 300 bp de alta.
Como citamos anteriormente, se fosse para o Banco Central criar impacto, a alta de 200 bp, com contrato de mais 200 bp, leilões de linha e de swaps em grandes volumes, semelhantes ao mandato do BC durante o período Dilma seriam o contexto de maior choque no mercado.
Ainda assim, não advogamos por tal premissa, pois em realidade seria de grande importância que o Banco Central reforçasse aquilo que deixou claro em ata e comunicado sobre não ceder aos pânicos de parte dos analistas e traders à leitura de dados de alta frequência, elevando aquilo que foi contratado na reunião anterior, ou seja, “somente” 100 bp.
“Ah, mas e o fiscal? ”, diriam os críticos. Ok, o fiscal que ainda não sabemos o tamanho, o potencial ou mesmo o quanto romperá ou não o teto e ainda que o sinal emitido pelo governo seja ruim, como usualmente ocorre com sinais fiscais no Brasil, ele está relativamente longe de se concretizar.
Em resumo, o pânico do mercado se concentrou basicamente na especulação daquilo que potencialmente possa ser um dano fiscal de rompimento do teto dos gastos por parte do governo, de forma a acomodar o novo auxílio emergencial.
Não somos ingênuos também de imaginar que o congresso será probo caso lhe seja dada a opção de maiores gastos em ano eleitoral, pois não o será, todavia, o contexto atual de pânico vai além da pressão inflacionária, é altamente especulativo.
Para hoje, além da decisão do COPOM, divulgaremos o Ranking Mundial de Juros reais e a ‘surpresa’ do ranking não será exatamente nenhuma surpresa, em vista à pressão nos juros exercida pelo mercado.
Atenção à PNAD (Desemprego) às 9:00.
Abertura de mercados
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, com correção dos ativos, após novos recordes com balanços corporativos.
Em Ásia-Pacífico, mercados em queda, num contexto de realização de lucros, mesmo com alta nos lucros corporativos chineses.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos a partir dos 10 anos de vencimento.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao cobre e paládio.
O petróleo abre em queda em Londres e Nova York, após vários dias de alta intensa e devido à maior alta nos estoques americanos.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,13%.
Câmbio
Dólar : R$ 5,5668 / 0,18 %
Euro / Dólar : US$ 1,16 / -0,043%
Dólar / Iene: ¥ 113,75 / -0,499%
Libra / Dólar : US$ 1,37 / -0,247%
Dólar Futuros. (1 m) : 5573,29 / 0,42 %
Juros futuros (DI)
DI - Julho 22: 10,74 % aa (6,34%)
DI - Janeiro 23: 11,59 % aa (4,13%)
DI - Janeiro 25: 11,92 % aa (2,41%)
DI - Janeiro 27: 11,96 % aa (1,36%)
Bolsas de valores
Fechamento
Ibovespa: -2,1111% / 106.420 pontos
Dow Jones: 0,0440% / 35.757 pontos
Nasdaq: 0,0591% / 15.236 pontos
Nikkei: -0,03% / 29.098 pontos
Hang Seng: -1,57% / 25.629 pontos
ASX 200: 0,07% / 7.449 pontos
Abertura
DAX: -0,296% / 15710,42 pontos
CAC 40: -0,320% / 6744,86 pontos
FTSE 100: -0,261% / 7258,62 pontos
Ibovespa Futuros.: -2,22% / 107197,00 pontos
S&P 500 Futuros: -0,07% / 4562,25 pontos
Nasdaq 100 Futuros.: -0,117% / 15531,50 pontos
Commodities
Índice Bloomberg: -0,93% / 104,69 ptos
Petróleo WTI: -1,57% / $83,47
Petróleo Brent: -1,38% / $85,48
Ouro: -0,37% / $1.787,56
Minério de Ferro: -0,37% / $122,47
Soja: -0,61% / $1.230,25
Milho: -0,60% / $540,75
Café: -0,84% / $206,75
Açúcar: -0,41% / $19,64