Os dados macroeconômicos nos EUA, em especial o resultado do PIB ontem veio ‘para todos os gostos’ ao indicar um crescimento robusto da economia americana, ainda que levemente abaixo da mediana das projeções, porém com robusto crescimento do consumo pessoal e pressão de preços via PCE.
Os pedidos de bens duráveis também contaram uma história adversa, com queda na medida ampla, porém alta no núcleo, crescimento forte de bens de capital e revisão acentuada para cima dos indicadores de março e além disso, os pedidos de auxílio desemprego desabaram para 406.000, o menor desde a deflagração da crise em março do ano passado.
Com tudo isso, o mercado permaneceu sem um rumo concreto, dado que as discussões para o plano ousado de Biden foram novamente adiadas, na ausência de um consenso, principalmente pela insistência democrata no valor e na forte elevação de impostos.
Apesar das dúvidas, há um sinal inequívoco de que a economia dos EUA cresce e o faz com força, trazendo questionamentos reais sobre a necessidade de estímulos adicionais, em especial aqueles com potencial inflacionário, em meio a um contexto que já se impõe de pressões de preços, em especial os de atacado.
Em meio a tal panorama, membros do Fed já não se silenciam mais sobre as preocupações com a desancoragem da inflação futura, todavia, ainda cremos se tratarem de votos vencidos, dada que a adoção dos estímulos também carrega um mote político no governo americano, portanto deve ocorrer, mesmo que em volume reduzido.
Por aqui, o cenário emite sinais trocados, com piora já esperada no desemprego, dado o fechamento da economia em março, período em que a pesquisa do PNAD capturou a piora e deve continuar até junho, com a influência do resultado do mês.
Do outro lado, a arrecadação recorde abriu espaço para mais um superávit do governo central, abrindo espaço para um breve alívio ao governo em termos orçamentário, porém repleto dos desafios inerentes à pandemia, falta de reformas e perspectivas de continuidade dos auxílios emergenciais.
Além dos mais, a inflação continua a pesar localmente e só não está totalmente fora de controle, dado o impacto que o câmbio teve para aliviar as pressões de commodities dos últimos meses.
Daí a importante leitura do IGP-M hoje, o qual registrou alta de 4,1%, acima das projeções e puxado pela alta de 5,23% do IPA, cenário que foi atenuado pela valorização do Real frente ao dólar.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pelos dados do PCE, renda e gastos pessoais nos EUA.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos, com destaque para a alta acima de 2% do Nikkei.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, exceto platina e paládio.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com perspectivas positivas com a atividade econômica nos EUA.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,06%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,2387 / -1,38 %
Euro / Dólar : US$ 1,22 / -0,082%
Dólar / Yen : ¥ 109,87 / 0,064%
Libra / Dólar : US$ 1,42 / -0,162%
Dólar Fut. (1 m) : 5247,00 / -1,28 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 5,93 % aa (-0,67%)
DI - Janeiro 23: 6,58 % aa (-0,98%)
DI - Janeiro 25: 7,89 % aa (-2,11%)
DI - Janeiro 27: 8,52 % aa (-1,84%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,3044% / 124.367 pontos
Dow Jones: 0,4125% / 34.465 pontos
Nasdaq: -0,0125% / 13.736 pontos
Nikkei: 2,10% / 29.149 pontos
Hang Seng: 0,04% / 29.124 pontos
ASX 200: 1,19% / 7.180 pontos
ABERTURA
DAX: 0,510% / 15485,25 pontos
CAC 40: 0,517% / 6468,97 pontos
FTSE: 0,080% / 7025,26 pontos
Ibov. Fut.: 0,23% / 124476,00 pontos
S&P Fut.: 0,141% / 4199,00 pontos
Nasdaq Fut.: 0,327% / 13711,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,19% / 92,98 ptos
Petróleo WTI: 0,57% / $67,15
Petróleo Brent: 0,36% / $69,63
Ouro: -0,19% / $1.893,42
Minério de Ferro: -0,02% / $206,37
Soja: 0,34% / $1.538,75
Milho: 0,23% / $666,50
Café: 2,90% / $160,20
Açúcar: 1,81% / $17,39
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