Uma semana importante de indicadores macroeconômicos, com destaque à ata da última reunião do FOMC, onde a entrevista que a sucedeu foi considerada desastrosa pelos investidores, em meio aos sinais ambíguos dos próximos movimentos de juros nos EUA.
Destaca-se também o IPCA-15 e a expectativas de contração do índice para menos de 1/3 da medição anterior, com descompressão de habitação em provável deflação e deinflações importantes em alimentos e transportes, os dois principais artífices do atual cenário de alta de preços.
Para a condução da política monetária, tal sinal é de suma importância, dado o posicionamento do nosso Banco Central favorável à uma pausa no aperto de juros e um momento de observação dos efeitos ainda defasados das altas anteriores na economia.
Ainda assim, a inflação continua a merecer atenção, pois a contração atual pode ser um ‘breve respiro’, em meio às pressões climáticas sobre os alimentos e o petróleo insistentemente na faixa dos $110 o barril, fora a ausência de resolução do tripé da inflação no mundo atualmente: China/Choque de Ofertas, Ucrânia/Rússia e estímulos dos BCs.
Já, a fixação do ICMS em 17%, caindo da média de 29% nos estados pode ser um ponto muito relevante para a redução do preço dos combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo, com impacto ainda a ser mensurado a depender da data de vigência e velocidade os combustíveis receberão tal repasse.
Neste cenário, um impacto de quase 200 bp na medição do IPCA no ano pode ocorrer, melhorando tanto o cenário de inflação para este ano e a ancoragem das metas no horizonte relevante da política monetária.
Além do cenário macroeconômico preponderando, localmente à espera de dados que o BC tem na agenda, porém foram atrasados pela greve dos servidores da instituição, o foco também fica na visita de Biden à Ásia.
O presidente americano dificultou a leitura das intenções americanas, quando ao mesmo tempo defendeu uma possível redução dos impostos de importação contra a China, ao mesmo tempo em que sinalizou a defesa de Taiwan.
Este esforço ambíguo pode ser positivo, com o processo gradual de reabertura na China, com Shanghai liberando parcialmente os metrôs.
A se ver.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, buscando recuperar os as 8 semanas de quedas consecutivas.
Em Ásia-Pacífico, mercados mistos, com os sinais ambíguos de Biden sobre a China.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, destaque ao minério de ferro e paládio.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York à medida que a temporada de férias nos EUA se aproxima.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -0,03%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,8804 / -1,05 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / 1,003%
Dólar / Yen : ¥ 127,47 / -0,328%
Libra / Dólar : US$ 1,26 / 0,713%
Dólar Fut. (1 m) : 4877,90 / -0,64 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 23: 13,27 % aa (-0,45%)
DI - Janeiro 24: 12,79 % aa (-0,62%)
DI - Janeiro 26: 11,91 % aa (-1,04%)
DI - Janeiro 27: 11,86 % aa (-1,04%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,3856% / 108.488 pontos
Dow Jones: 0,0281% / 31.262 pontos
Nasdaq: -0,2975% / 11.355 pontos
Nikkei: 0,98% / 27.002 pontos
Hang Seng: -1,19% / 20.470 pontos
ASX 200: 0,05% / 7.149 pontos
ABERTURA
DAX: 0,569% / 14061,49 pontos
CAC 40: 0,037% / 6287,59 pontos
FTSE: 0,943% / 7459,69 pontos
Ibov. Fut.: 1,50% / 109323,00 pontos
S&P Fut.: 0,73% / 3928 pontos
Nasdaq Fut.: 0,587% / 11909,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,39% / 131,06 ptos
Petróleo WTI: 1,19% / $111,58
Petróleo Brent: 1,21% / $113,91
Ouro: 0,81% / $1.861,35
Minério de Ferro: -0,20% / $133,80
Soja: 0,38% / $1.712,00
Milho: 0,64% / $783,75
Café: 0,37% / $216,65
Açúcar: 0,55% / $20,06