Tem início a reunião do COPOM e como todas as mais recentes, é uma decisão de suma importância quanto à comunicação, onde se concentram as expectativas do mercado e dos analistas, em especial na retirada do tema “ajuste parcial” de juros, com alta de 75 pontos-base.
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Não foi difícil imaginar qual seria a reação de parte dos analistas e dos investidores à inflação mais alta que se mostrava muito mais perene do que se imaginava no final do ano passado.
O atual ‘desespero’ por um overshooting (uma puxada forte) nos juros é natural, dadas as características tanto da inflação, quanto do cenário de atividade econômica que se avizinha com o adiantamento do processo de vacinação em quase 2 meses, em especial em São Paulo.
Todavia, diferentemente de seguirmos estes temores de manada como ocorreram quando se profetizavam por juros constantemente baixos, inclusive abaixo de 2% ao ano, a mínima histórica, mantemos uma postura mais crítica.
Há elementos ainda insípidos, porém mais constantes de topo de preços de diversas commodities, em especial agrícolas e muito pode acontecer na produção com a chegada do verão no hemisfério norte.
Outro ponto importante é o sinal de diversos produtores de que começa a se dissipar levemente o choque de ofertas, transferindo o problema agora para o frete, com navios lotados, em fila nos portos chineses e falta de containers, além da capacidade industrial chinesa em produzir os pedidos atrasados.
Os sinais só não se avolumam por conta do ainda pressionado preço de algumas commodities chave, em especial o petróleo e metálicas, altamente conectados com a perspectiva de retomada da atividade econômica.
Alguns agrícolas dão breve sinal de estabilidade, enquanto proteínas respondem positivamente à demanda aquecida, ou seja, a percepção geral dá margem para o ‘pânico’, porém os próximos dois meses serão decisivos neste cenário, além obviamente do problema hídrico, este sim totalmente impreciso.
Todo o contexto ainda está por se confirmar, por isso as reações de curto prazo.
Por falar em inflação, hoje será divulgado o IPP, inflação ao atacado nos EUA com perspectiva de refletir as pressões observadas acima, além das vendas ao varejo, atividade do Fed de NY, produção industrial, estoques, mercado imobiliário americano e também o início da reunião do FOMC.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, na expectativa pela reunião do FOMC que inicia hoje.
Em Ásia-Pacífico, mercados positivos na maioria, com membros do RBA indicando a manutenção de estímulos
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, destaque à forte queda do cobre.
O petróleo abre em alta em Londres e Nova York, com a falta de avanços das conversas com o Irã.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,16%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0623 / -1,09 %
Euro / Dólar : US$ 1,21 / 0,025%
Dólar / Iene : ¥ 110,04 / 0,073%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / -0,255%
Dólar Futuro (1 m) : 5079,95 / -0,87 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 22: 6,31 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 23: 6,97 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 8,00 % aa (-0,62%)
DI - Janeiro 27: 8,48 % aa (-0,59%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,5925% / 130.208 pontos
Dow Jones: -0,2490% / 34.394 pontos
Nasdaq: 0,7443% / 14.174 pontos
Nikkei: 0,96% / 29.441 pontos
Hang Seng: -0,71% / 28.639 pontos
ASX 200: 0,92% / 7.379 pontos
ABERTURA
DAX: 0,445% / 15743,40 pontos
CAC 40: 0,336% / 6638,59 pontos
FTSE 100: 0,241% / 7163,91 pontos
Ibovespa Futuros: 0,66% / 130220,00 pontos
S&P 500 Futuros: 0,212% / 4254,70 pontos
Nasdaq 100 Futuros: 0,120% / 14137,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,52% / 93,82 ptos
Petróleo WTI: 0,34% / $71,35
Petróleo Brent: 0,34% / $73,35
Ouro: -0,15% / $1.865,42
Minério de Ferro: 0,40% / $214,05
Soja: 0,75% / $1.479,75
Milho: -0,19% / $657,25
Café: -0,52% / $153,45
Açúcar: 0,35% / $17,40