A semana anterior, além da questão política, foi marcada por movimentos importantes de política monetária, onde o FOMC deixou claro sua intenção de continuar a elevar os juros, porém com grande cautela e na Europa, tanto os juros baixos quanto os programas de alívio quantitativo foram mantidos.
Isso trouxe um alívio global do dólar e reduziu o impacto do que poderia ser uma semana ruim para o Real.
As atenções nesta semana se voltam os indicadores de atividade econômica no Brasil, com destaque para o IBC-BR, prévia do PIB do Banco Central, criação de postos de trabalho e coleta de impostos.
Outro indicador importante para o Brasil será o IPCA-15, onde as projeções indicam algum nível de pressão no índice, porém ainda dentro dos parâmetros considerados de uma inflação de preços. Finalizando a agenda local, o destaque fica para o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central no dia 21.
No exterior, as atenções se voltam à leitura do PIB americano, onde se consolida o crescimento de 3,3% e indicadores do mercado imobiliário.
CENÁRIO POLÍTICO
Seria para hoje, mas não será. A reforma da previdência tinha uma data pré-marcada, porém as autoridades desistiram de tentar a aprovação em plenário neste momento e transferiram para 2018.
Meirelles já deve se encontrar com as agências de classificação de risco e tentar adiar quaisquer mudanças de rating, à espera das votações em fevereiro, na volta do recesso parlamentar.
Ainda assim, a clara derrota do governo, apesar da melhora da comunicação demonstra que o caminho para o retorno da reforma da previdência ainda será galgado por mais trocas políticas pacotes de “bondades” por parte do governo.
A parte difícil será a pressão dos servidores, principais beneficiários dos privilégios que tendem a ser mudados na reforma e uma classe bastante “barulhenta”.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, assim como os futuros NY, com a possibilidade de passagem do tax bill nos EUA. Na Ásia, o fechamento foi positivo pelo mesmo motivo.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam no positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a alta é generalizada, com destaque para o minério de ferro no porto de Qindao.
O petróleo em alta na abertura, apesar do aumento das projeções de maior produção americana em 2018.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3024 / -1,00 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,332%
Dólar / Yen : ¥ 112,65 / 0,044%
Libra / Dólar : US$ 1,33 / 0,210%
Dólar Fut. (1 m) : 3314,26 / -0,87 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 6,72 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,57 % aa (-0,53%)
DI - Janeiro 21: 9,29 % aa (-0,54%)
DI - Janeiro 25: 10,69 % aa (0,28%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,25% / 72.608 pontos
Dow Jones: 0,58% / 24.652 pontos
Nasdaq: 1,17% / 6.937 pontos
Nikkei: 1,55% / 22.902 pontos
Hang Seng: 0,70% / 29.050 pontos
ASX 200: 0,70% / 6.039 pontos
ABERTURA
DAX: 1,194% / 13260,01 pontos
CAC 40: 1,155% / 5411,10 pontos
FTSE: 0,297% / 7512,85 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 73186,00 pontos
S&P Fut.: 0,343% / 2691,20 pontos
Nasdaq Fut.: 0,554% / 6534,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,41% / 84,41 ptos
Petróleo WTI: 0,73% / $57,72
Petróleo Brent:1,03% / $63,88
Ouro: 0,09% / $1.257,58
Minério de Ferro: 0,14% / $69,09
Soja: -0,12% / $18,14
Milho: -0,07% / $347,50
Café: -1,85% / $116,95
Açúcar: 1,76% / $13,84