A questão política continua a se avolumar, enquanto a preocupação do mercado continua concentrada nas votações das reformas, para o avanço efetivo dos cortes de juros por parte do Banco Central.
Localmente, a versão de Joesley para a questão da corrupção foi no mínimo sensacionalista, ao tentar imputar a culpa de 13 anos do governo no vice, reduzindo o foco na gestão anterior.
Que os partidos que regem e regeram o governo sejam provavelmente culpados na mesma proporção pelo problema, a questão da JBS (SA:JBSS3) já começa a soar como mais uma cortina de fumaça, em meio a tantas que já ocorreram.
No Reino Unido, uma semana decisiva para o Brexit, principalmente após o fiasco de Thereza May ao adiantar as eleições legislativas, onde o atual governo perdeu o apoio congressual e a primeira ministra se segura como pode após a derrota.
Na França, a situação é inversa, onde a grande vitória de Macron foi coroada com enorme apoio no congresso e maioria histórica para o presidente de linha liberal.
Neste contexto, a França renova parte do protagonismo da região, na perspectiva mais concreta de crescimento econômico.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
Passada uma semana de grande relevância em termos de indicadores econômicos, principalmente com a decisão do FOMC em elevar os juros em 25 bp e sinalizar gradualismo, esta semana tem como atenção os discursos de diversos membros do Federal Reserve.
A agenda vazia gera um grande foco na questão política e deixa um tanto de lado o contexto macroeconômico. Os destaques para a semana são as inflações semanais e o IPCA-15, onde projetamos uma reversão da leve alta observada na medição anterior.
Neste contexto, mesmo com o imbróglio político ainda em voga, o Banco Central continua a ter o espaço aberto para, ao menos, dar continuidade ao corte anterior da Selic em 100 bp, ao invés dos 75 bp preconizados na última ata.
Agenda vazia, oficina da volatilidade.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva, com as conversações sobre o Brexit no foco dos investidores, apesar de novo ataque em Londres. O fechamento na Ásia foi na maioria positivo, na expectativa com a política na Europa.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas, após abertura positiva, enquanto os Treasuries operam com queda no rendimento a partir dos 3 anos.
Entre as commodities metálicas, o ouro continua na queda de quatro semanas, ainda perdendo para o dólar e o minério de ferro ganha tração nos portos chineses.
O petróleo opera em alta em NY e Londres, apesar do aumento da extração americana de petróleo e óleo de xisto.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2919 / 0,51 %
Euro / Dólar : US$ 1,12 / 0,063%
Dólar / Yen : ¥ 110,97 / 0,081%
Libra / Dólar : US$ 1,28 / 0,070%
Dólar Fut. (1 m) : 3296,71 / 0,07 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,11 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,09 % aa (-1,20%)
DI - Janeiro 21: 10,10 % aa (-1,56%)
DI - Janeiro 25: 10,71 % aa (-1,74%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,48% / 61.626 pontos
Dow Jones: 0,11% / 21.384 pontos
Nasdaq: -0,22% / 6.152 pontos
Nikkei: 0,62% / 20.068 pontos
Hang Seng: 1,16% / 25.925 pontos
ASX 200: 0,54% / 5.805 pontos
ABERTURA
DAX: 0,805% / 12855,38 pontos
CAC 40: 0,893% / 5310,33 pontos
FTSE: 0,581% / 7506,92 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 62495,00 pontos
S&P Fut.: 0,243% / 2436,90 pontos
Nasdaq Fut.: 0,629% / 5719,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,13% / 81,14 ptos
Petróleo WTI: 0,29% / $44,87
Petróleo Brent:0,38% / $47,55
Ouro: -0,19% / $1.251,39
Minério de Ferro: 0,35% / $54,70
Soja: 0,50% / $18,02
Milho: -1,24% / $379,50
Café: 0,57% / $124,10
Açúcar: 0,00% / $13,44