Passada uma semana fortemente marcada pela questão política em âmbito tanto local quanto internacional, a perspectiva de um contexto mais calmo começa a se desenhar.
Após uma série de tweets elogiando o presidente chinês, dizendo que o mesmo é um grande amigo e que as relações comerciais devem se estabilizar, Trump já anima a abertura dos mercados na semana e ganha mais um ponto positivo com o anúncio da Coreia do Norte sobre o fim do programa nuclear, negociado com os EUA.
Neste contexto, caso Trump não eleja algum novo alvo externo ou interno (como a Amazon), a tendência é de um período mais calmo do que aquele observado na semana anterior.
Localmente, após a primeira prisão não-política de um ex-presidente, a esquerda contínua acéfala e atônita com os eventos, tentando se recompor dos restos do processo.
O ex-presidente aproveitou ao máximo o evento para criar a maior quantidade possível de mídia de qualidade, literalmente, sendo sua prisão capturada em forma de documentário. Resta imaginar o que resta para a política brasileira.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
Ao se recompor dos eventos da semana anterior, o mercado foca fortemente nos indicadores de inflação reservados para a semana, tanto no Brasil, quanto no exterior, com destaque para o CPI e para o IPCA.
Já divulgados, o IPC-Fipe semanal sai da zona de contração e sobe 0,06% (Infinity: 0,03%) na semana e o IPC-S tem alta de 0,31% (Infinity: 0,16%) denotando uma renovação das pressões de preços ao varejo.
Ao mesmo tempo, o IGP-DI traz resultado abaixo das expectativas aos 0,56% (Infinity: 0,66%), com reversão das altas recentes de preços ao atacado.
Deste modo, a leitura do IPCA ganha especial atenção, principalmente pela perspectiva de continuidade do afrouxamento monetário por parte do COPOM no próximo mês.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY sobem, com mais um capítulo da guerra comercial sino-americana.
Na Ásia, o fechamento foi positivo na sua maioria, acompanhando a questão chinesa, alívio por conta dos tweets de Trump.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam em alta em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a queda é observada somente no ouro e prata, as defensivas, com alta principalmente no paládio.
O petróleo abre em alta em Londres e NY, com a melhora da tensão da questão comercial.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 1,9%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3694 / 0,70 %
Euro / Dólar : US$ 1,23 / -0,073%
Dólar / Yen : ¥ 107,08 / 0,140%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / 0,064%
Dólar Fut. (1 m) : 3383,05 / 1,11 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,26 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,08 % aa (0,57%)
DI - Janeiro 21: 8,09 % aa (0,87%)
DI - Janeiro 25: 9,67 % aa (1,15%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,46% / 84.820 pontos
Dow Jones: -2,34% / 23.933 pontos
Nasdaq: -2,28% / 6.915 pontos
Nikkei: 0,51% / 21.678 pontos
Hang Seng: 1,29% / 30.230 pontos
ASX 200: 0,34% / 5.809 pontos
ABERTURA
DAX: 0,501% / 12302,57 pontos
CAC 40: 0,228% / 5270,25 pontos
FTSE: -0,079% / 7177,99 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 84921,00 pontos
S&P Fut.: 0,530% / 2619,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,678% / 6498,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,35% / 87,24 ptos
Petróleo WTI: 0,32% / $62,26
Petróleo Brent:0,55% / $67,48
Ouro: -0,32% / $1.328,82
Minério de Ferro: 1,07% / $63,34
Soja: 0,08% / $18,84
Milho: 0,19% / $389,25
Café: 0,55% / $118,10
Açúcar: 0,00% / $12,34