Conforme citamos ontem, a tempestade perfeita se desenhou, ocorreu e trouxe a pior perda diária em quase 22 anos, com a Petrobras (SA:PETR4) perdendo quase 30% do seu valor de mercado em um dia, no somatório dos temores do COVID-19 e da Guerra do Petróleo entre Rússia e Arábia Saudita.
Todavia, depois da tempestade, vem a bonança e a redução do efeito manada começa tanto a clarear os pontos de vista mais exaltados, como dar atenção real aos eventos e notícias que podem dar o rumo dos mercados deste ponto em diante.
No mercado de ontem, absolutamente nada importava, porém a China emitiu sinais importantes de estabilização do número de casos de COVID-19, seguido do aumento do número de curados e menor número de mortos, assim como a Coreia do Sul, com o grande esforço do fim de semana, levando a também redução no número de infectados.
Citamos ontem que os números asiáticos estavam em melhora e a situação é real, pois a China está retomando sua produção e um exemplo é a reabertura de 38 das 42 Apple (NASDAQ:AAPL) Stores no país. Este cenário primeiramente retira o peso dos eventos ligados ao vírus, pois põe um prazo relativamente curto entre o surto efetivo e a retomada das atividades.
Porém, a dúvida permanece na capacidade dos países fora da Ásia em tomar as medidas necessárias para a contenção do avanço da doença e como lidar com os problemas ligados à paralisação das atividades, tendo em mente que diversos destes países estão em situação fiscal desafiadora.
De qualquer modo, o corte de impostos da folha de pagamento anunciado por Trump abre o dia para as ofertas nas bolsas de valores e commodities, as quais sobem de maneira acelerada na abertura dos negócios, inclusive o petróleo, o qual tem ainda um longo caminho para recuperar os preços pré-guerra.
No curto prazo, o maior problema tanto para Arábia Saudita, quanto para uma série de países produtores de petróleo é a insustentabilidade tanto fiscal, quanto de balanço de pagamentos do atual preço do petróleo, o que dá a sensação de que tal evento não deva durar muito tempo, sem graves consequências econômicas.
Para o restante do mundo, um petróleo mais baixo em meio a um cenário aparentemente pré-recessivo em diversas localidades seria possivelmente estimulativo, ajudando inclusive nas políticas monetárias tanto pela via deflacionária, quanto na melhora da atividade econômica.
Sofrem os produtores como um todo, o mundo agradece.
Por pouco tempo, obviamente.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com o rescaldo do “Tsunami” do mercado de ontem.
Na Ásia, dia positivo, abrindo a retomada das compras nas bolsas.
O dólar opera em alta consistente contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam positivos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, altas, com exceção ao ouro.
O petróleo abre em alta, após a forte queda de ontem.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -17,92%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,7224 / 2,02 %
Euro / Dólar : US$ 1,13 / -0,943%
Dólar / Yen : ¥ 104,93 / -2,468%
Libra / Dólar : US$ 1,30 / -0,518%
Dólar Fut. (1 m) : 4746,66 / 2,36 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 22: 4,63 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 23: 5,37 % aa (5,71%)
DI - Janeiro 25: 6,35 % aa (5,13%)
DI - Janeiro 27: 6,95 % aa (5,78%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -12,1735% / 86.067 pontos
Dow Jones: -7,7857% / 23.851 pontos
Nasdaq: -7,2874% / 7.951 pontos
Nikkei: 0,85% / 19.867 pontos
Hang Seng: 1,41% / 25.393 pontos
ASX 200: 3,11% / 5.940 pontos
ABERTURA
DAX: 3,499% / 10996,81 pontos
CAC 40: 4,202% / 4905,75 pontos
FTSE: 3,741% / 6188,95 pontos
Ibov. Fut.: -12,50% / 86080,00 pontos
S&P Fut.: 4,320% / 2868,40 pontos
Nasdaq Fut.: 4,474% / 8310,25 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 1,80% / 69,07 ptos
Petróleo WTI: 9,25% / $34,04
Petróleo Brent: 9,58% / $37,64
Ouro: -1,30% / $1.657,85
Minério de Ferro: -1,24% / $88,07
Soja: 1,24% / $874,25
Milho: 0,94% / $377,75 $377,75
Café: 3,17% / $108,95
Açúcar: 0,48% / $12,67