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As Bolsas Mundiais Caem Após Recente Rali, Pressionadas por Commodities

Publicado 05.04.2016, 07:36
Atualizado 11.10.2023, 23:02
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ÁSIA: A maioria dos mercados asiáticos fechou em queda nesta terça-feira, com o iene mais uma vez derrubando as ações japonesas.

No Japão, o Nikkei terminou em baixa de 2,42%, em 15,732.82 pontos, após o iene se fortalecer novamente frente ao dólar. o iene japonês caiu abaixo do nível de 111 em relação ao dólar, com o par dólar/iene fechando em 110,44, o seu nível mais baixo desde outubro de 2014, ante ¥ 111,37 na segunda-feira em Nova York. Na semana passada a moeda japonesa estava em 112. Os principais exportadores japoneses recuaram entre 2,41% e 3,31%. Um iene mais forte é negativo para os exportadores, pois reduz os seus lucros no exterior quando convertidos em moeda local.

Analistas apontam influência de fundos de hedge sobre o iene, ou seja, especuladores que negociam commodities especulam com a moeda japonesa, principalmente enquanto os volumes de negociação permanecem relativamente baixos, como após o início do novo ano comercial do Japão que começou em 1 de abril. Operadores dizem esperar que a venda especulativa do dólar possa ir a ¥ 110,67, seu nível mais baixo desde 17 de março, mas como a volatilidade no mercado de câmbio não está aumentando, isso sugere que o comércio da moeda não está em pânico mas a moeda pode testar os ¥ 110,67 ou ¥ 110,50.

O dólar tem sido pressionado para baixo após recente sinal da presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, de que o Fed estava tomando uma postura "dovish" neste ano, porém com o alto nível de posições "long" em dólar, investidores acreditam que está chegando a hora do Banco do Japão intervir, porém autoridades japonesas ainda não confirmaram qualquer intervenção.

Na Austrália, o ASX 200 caiu 1,42%, para 4,924.38 pontos, menor patamar em um mês, sob o peso de grandes bancos e quedas nos stocks de energia e mineração, após novas quedas nos preços das commodities, enquanto os investidores ignoraram a decisão do Banco da Reserva da Austrália de manter as taxas estáveis. Os chamados "big four", os quatro grandes bancos do país caíram entre 1,01 e 2,29%. O Reserve Bank of Australia (RBA) manteve a sua taxa de juros estável em 2%, em um movimento amplamente esperado, apesar do RBA expressar preocupação com recente valorização do dólar australiano. Entre as mineradoras, BHP caiu 3,3% e Rio recuou 2%.

Em compensação, os mercados chineses voltaram de um feriado e avançaram, com o Shanghai Composite revertendo perdas anteriores e fechar em alta de 1,46%, em 3,053.38 pontos e o Shenzhen Composite adicionou 2,6%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng seguiu a tendência regional e fechou em baixa de 1,57%.

A Comissão Reguladora Bancária da China pediu aos bancos para avaliar as situações econômicas e políticas nos mercados externos, ser cauteloso com empréstimos para clientes no exterior e não depender apenas de agências de classificação de crédito ao considerar investimentos em títulos no exterior, segundo Dow Jones Newswires informou nesta terça-feira em uma publicação online.

Na Índia, os índices Sensex e Nifty 50 caíram 1,34 e 1,68%, respectivamente, após o Banco da Reserva da Índia (RBI) decidir cortar sua principal taxa de juros em 0,25 pontos percentuais, de 6,75% para 6,5% como previsto por nove economistas consultados pelo Wall Street Journal em seu primeiro corte de juros desde setembro, levando em consideração a desaceleração dos preços no país e sinalizando que seus esforços contra a inflação que podem estar dando os primeiros resultados significativos, no entanto, em um movimento inesperado, o banco elevou a taxa de juros que os bancos ganham quando eles depositam o dinheiro no regulador bancário em 25 pontos base, para 6%.

Durante o pregão da Ásia, os futuros de petróleo recuaram com preocupações sobre o excesso de oferta em todo o mundo. Comentários recentes da Arábia Saudita lançaram dúvidas sobre a capacidade dos produtores de petróleo do mundo em concordar com um congelamento de suas produções em sua reunião em Qatar no final deste mês. A maioria dos papeis da região recuaram. Na Austrália, Santos perdeu 5,33%, Woodside Petroleum caiu 4,16%, enquanto a japonesa Inpex fechou em baixa de 4,18%. Na China continental, Sinopec avançou 0,81% e China Petroleum caiu 0,2%.

O Nikkei perdeu 7% nas últimas quatro semanas, em contraste com os mercados da China que tornaram destaque de alta entre os principais mercados acionários ao redor do mundo, com um ganho de 6% no mesmo período.

EUROPA: Mercados europeus abriram em forte baixa, com uma queda inesperada nas encomendas das fábricas alemãs e preocupações com crescimento global e com a volatilidade nos mercados de commodities que continuam a pesar sobre o sentimento dos investidores que digerem a mais recente série de novos dados da zona do euro. O pan-europeu STOXX 600 cai 1,5%.

Os números finais do PMI de serviços da região em março ficaram em 53,1 para o mês de março, abaixo das estimativas de 54.1 e 54.0 de fevereiro. Os novos dados divulgados antes da abertura dos mercados na Europa pintou um quadro sombrio para a Alemanha, fazendo com que seu índice caia. As encomendas industriais em fevereiro na maior economia da zona do euro caíram 1,2%, a maior queda em seis meses, com a demanda externa enfraquecida.

No Reino Unido, o PMI de serviços para março subiu 53,7%, baixa de 35 meses, ante 52,7 em fevereiro. O índice FTSE 100 cai e apaga os ganhos de 0,3% da segunda-feira. Pesam sobre o benchmark, os setores de energia, mineração e bancos. As ações da petrolífera Royal Dutch Shell recuam 3,16%, enquanto a BP perde 2,65%. As gigantes de mineração BHP Billiton e Rio Tinto (LON:RIO) caem 5,43% e 4,13%, respectivamente.

Os bancos também estão em foco, com o setor registrando forte baixa. Credit Suisse e HSBC refutaram as suposições de que eles estão envolvidos ativamente no uso de estruturas offshore para ajudar seus clientes a fazer sonegar impostos, após o "Panamá Papers" vazar no fim de semana, que atualmente está sacudindo o mundo político, informou a Reuters. Ambas as ações registram grandes perdas.

A produção de petróleo da Rússia em março subiu para o maior nível em quase 30 anos, alimentando temores de que os grandes produtores de petróleo bruto não conseguirão chegar a um acordo para reduzir a produção na reunião antecipada para este mês no dia 17 no Catar. A Rússia produziu 10,91 milhões de barris de petróleo por dia em março, atingindo o nível mais alto desde 1987, quando o país produziu 11,5 milhões de barris por dia. A produção de 10,91 milhões de barris no mês passado também representou um aumento de 0,3% em relação aos 10,88 milhões de barris produzidos em fevereiro. Os dados do Irã no domingo também mostraram que as exportações de petróleo saltaram em março, em mais um sinal de que os grandes produtores de petróleo não estão dispostos a diminuir suas produções. A Arábia Saudita disse que só irá limitar a produção, se o Irã seguir o exemplo.

Em um discurso na Universidade Goethe de Frankfurt, a diretora do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, apelou para economias do mundo para impulsionar o crescimento, avisando que os riscos do crescimento global estão aumentando. Os comentários vieram depois que um relatório do FMI divulgado na segunda-feira, alegando que os mercados emergentes, liderados pela China, representam cada vez mais riscos para os mercados de ações nos países desenvolvidos.

AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
9h30 - Trade Balance (balança comercial; mede a diferença entre os valores das importações e exportações realizadas pelo país);
10h45 - Final Services PMI (Índice PMI de Serviços);
11h00 - ISM Non-Manufacturing PMI (índice baseado em pesquisas com 400 empresas não industriais, em 60 setores em todo o país);
11h00 - JOLTS Job Openings (pesquisa mensal em diferentes indústrias em que analisa contratações, abertura de emprego, demissões, recrutamentos, etc);
11h00 - IBD/TIPP Economic Optimism (mede o nível de confiança do consumidor e o otimismo quanto à atividade econômica);

ÍNDICES MUNDIAIS - 7h20:

ÁSIA
Nikkei: -2,42%
Austrália: -1,42%
Xangai Composite: +1,46%
Hong Kong: -1,57%

EUROPA
Frankfurt - Dax: -2,34%
London - FTSE: -1,44%
Paris CAC 40: -2,24%
Madrid IBEX: -2,21%
FTSE MIB: -2,35%

COMMODITIES
BRENT: -1,09%
WTI: -1,01%
OURO: +1,14%
COBRE: -0,02%
SOJA: 0,00%
ALGODÃO: -0,32%
MILHO: +0,35%

ÍNDICES FUTUROS
Dow: -0,71%
SP500: -0,84%
NASDAQ: -0,64%

Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuito, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.

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