A expectativa hoje se volta à emblemática ata da última reunião do COPOM, onde, apesar do contato constante com o mercado e sinalizações neutras, decidiu-se pela continuidade do afrouxamento monetário.
Em termos econômicos, o espaço sempre esteve aberto em 2018 para avanços maiores, porém se aguardava um posicionamento da autoridade para confirmar tal premissa, o que não ocorreu anteriormente.
Com o alívio do cenário internacional nos últimos dias e o recuo em diversos pontos da pretensa guerra comercial, muito provavelmente por conta dos conselhos de Larry Kudlow, a abertura no cenário para a continuidade nos cortes de juros está feita.
Ao mercado, resta aguardar os resultados da pretensa guerra comercial, exatamente pelo seu potencial inflacionário aos EUA e o quanto isso pesará nas futuras decisões do COPOM, como por exemplo, para 6% ao ano na Selic.
CENÁRIO POLÍTICO
Meirelles já determinou sua saída para disputar a presidência em outubro, porém sem grandes preocupações do mercado, pois os nomes de Guardia e Mansuetto são bem recebidos, o que retira a expectativa de mudanças.
O que resta saber é a posição de Meirelles na disputa. Conseguindo “decolar” sua campanha, sai em voo solo, caso contrário, pode ser coadjuvante numa chapa com Temer, o que pode ser um abraço dos afogados.
Ontem o TRF-4 confirmou o fim dos embargos e o ex-presidente está inelegível.
Resta agora imaginar o que acontecerá dia 4, principalmente com a impressionante dedicação de Gilmar Mendes de ir a Portugal para abertura de um simpósio no dia 3, estar no Brasil para a votação do HC no dia 4 e retornar ao simpósio no dia 5.
Impressionante!
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa é positiva e os futuros NY abrem em alta, com a redução dos temores com a guerra comercial de Trump.
Na Ásia, o fechamento foi positivo, com a isenção da Coreia do Sul à guerra comercial.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam em queda em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, a queda é observada somente no ouro, com a menor aversão ao risco.
O petróleo abre em alta, com as tensões no Oriente Médio.
O índice VIX de volatilidade abre em queda acima de 3,7%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,3143 / 0,06 %
Euro / Dólar : US$ 1,24 / -0,265%
Dólar / Yen : ¥ 105,65 / 0,228%
Libra / Dólar : US$ 1,41 / -0,808%
Dólar Fut. (1 m) : 3301,66 / -0,27 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 19: 6,22 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 20: 7,04 % aa (-1,40%)
DI - Janeiro 21: 7,95 % aa (-1,49%)
DI - Janeiro 25: 9,46 % aa (-0,63%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,84% / 85.088 pontos
Dow Jones: 2,84% / 24.203 pontos
Nasdaq: 3,26% / 7.221 pontos
Nikkei: 2,65% / 21.317 pontos
Hang Seng: 0,79% / 30.791 pontos
ASX 200: 0,72% / 5.832 pontos
ABERTURA
DAX: 1,879% / 12008,78 pontos
CAC 40: 1,403% / 5137,37 pontos
FTSE: 1,938% / 7022,20 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 85455,00 pontos
S&P Fut.: 0,564% / 2674,50 pontos
Nasdaq Fut.: 0,849% / 6831,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,29% / 87,51 ptos
Petróleo WTI: 0,37% / $65,79
Petróleo Brent:0,34% / $70,36
Ouro: -0,35% / $1.348,81
Minério de Ferro: 0,36% / $70,51
Soja: 0,19% / $18,78
Milho: 0,33% / $375,50
Café: 0,00% / $118,10
Açúcar: -0,32% / $12,35